Deficiências e incapacidades por Hanseníase: Avaliação clínica e epidemiológica dos pacientes atendidos em um Centro de Referência Nacional do Brasil
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Palavras-chave

Hanseníase
sítio de deficiências
grau de incapacidade física
epidemiologia
Sistema Único de Saúde

Como Citar

1.
Kil AKA, Silvestre CM, Kaminice LM, Quintino LB, Lima LB de, Paranhos MB, Voss TH, Cunha ACSR da, Mainenti DAM, Goulart IMB. Deficiências e incapacidades por Hanseníase: Avaliação clínica e epidemiológica dos pacientes atendidos em um Centro de Referência Nacional do Brasil. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2012 [citado 5º de novembro de 2024];37(1):25-33. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35083

Resumo

A classificação de incapacidades nos graus 0, 1 e 2 nos pacientes com hanseníase é usada como indicador da qualidade dos métodos preventivos e curativos da doença, entretanto, algumas deficiências e incapacidades não estão contempladas nesse sistema. Esta pesquisa realizou um levantamento de incapacidades decorrentes da hanseníase em um Centro de Referência  nacional do Brasil, por meio de estudo retrospectivo, com análise de prontuários de 318 pacientes atendidos no período de 2003 a 2008 e software específico. Houve predomínio de casos multibacilares (63%), de formas clínicas dimorfas-tuberculóides  (41,5%) e do sexo masculino (58,5%). Os nervos mais acometidos foram ulnar (22,3%), tibial (21,7%) e fibular (20,7%). Dos casos analisados, 41,5% apresentavam algum tipo de deficiência, sendo 81,1% multibacilar. Os sítios mais acometidos foram os pés (51,8%), seguidos pelas mãos (29%), olhos (10,9%) e nariz (8,3%). As deficiências mais comuns foram artelhos em martelo (2,8%) e lesões tróficas (2,5%) no pé; garra móvel (3,1%) e lesões tróficas (2,8%) na mão; madarose superciliar (2,8%) e perfuração do septo nasal (1,2%). Na alta houve diminuição do número pacientes com deficiências por sítio, exceto oculares, com aumento de 2,5%. Os resultados enfatizam a necessidade de promover assistência detalhada no atendimento realizado no SUS e de adequar os parâmetros utilizados no estadiamento dos pacientes, que atualmente omite alterações funcionais e estéticas dos sítios  orgânicos representativas de obstáculos à integração social. A reprodução desse tipo de estudo fornecerá subsídios para que a gestão do SUS desenvolva estratégias que tratem a hanseníase como doença crônica e incapacitante.

https://doi.org/10.47878/hi.2012.v37.35083
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