Doença de Baggio-Yoshinari e acometimento neurológico. Relato de caso
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Palavras-chave

Doença Baggio-Yoshinari
Mielorradiculite
Hipertensão Intra-craneana

Como Citar

1.
Brooks JBB, Silva C, Souza CS, Xavier G, Kai HH, Kai MR. Doença de Baggio-Yoshinari e acometimento neurológico. Relato de caso. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2012 [citado 12º de outubro de 2024];37(1):91-2. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35090

Resumo

W.N.S., gênero masculino, 36 anos, negro, natural e procedente de São Paulo (represa de Guarapiranga), professor do ensino médio e fundamental. Paciente deu entrada no pronto atendimento neurológico do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público Estadual de São Paulo com quadro de fraqueza progressiva nos membros inferiores dificultando a deambulação associado à alteração de sensibilidade iniciada há 6 meses desta avaliação. Negava febre, lesões cutâneas ou viagens prévias. Admitido com dor lombar, disautonomia (retenção urinária), força muscular grau IV e arreflexia de membros inferiores, com sinais de liberação piramidal à esquerda (reflexo cutâneo plantar), nível sensitivo em T9. Evoluiu com cefaléia e diplopia horizontal, seguida por paresia do VI nervo craniano à direita. Sem antecedentes pessoais mórbidos dignos de nota. Os exames complementares evidenciaram na ressonância nuclear magnética de coluna torácica, área focal de hipersinal nas seqüências T2/ Flair em nível T7-T8 de aspecto inespecífico (figura 1). Submetido a pesquisa de provas inflamatórias, sorologias, perfil reumatológico e protoparasitológico de fezes; todos normais Submetido a eletroneuromiografia que demonstrou  ultineuropatia lombossacra bilateral, padrão axonal e motora com francos sinais de denervação em atividade, inclusive em musculatura paravertebral torácica (T4-T7). Submetido a pesquisa de provas inflamatórias, sorologias, perfil reumatológico e protoparasitológico de fezes; todos normais. A análise liquórica evidenciou meningite linfomonocitária, sem a presença de células neoplásicas;O estudo de enzima-imuno-ensaio (ELISA) para Borrelia spp no líquor evidenciou IgM e IgG positivos, que determinaram o diagnóstico. Paciente tratado com Ceftriaxone endovenoso evoluiu com remissão completa dos sintomas.

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Referências

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2 Yoshinari NH, Barros PJL, Bonoldi VLN, Ishikawa M, Battesti DMB, Pirana S, et al. Perfil da borreliose de Lyme no Brasil. Rev Hosp Clin Fac Med S Paulo. 1997;52(2):111-7.
3 Yoshinari NH, Oyafuso LK, Monteiro FGV, Barros PJL, Cruz FCM, Ferreira GE, et al. Doença de Lyme. Relato de um caso observado no Brasil. Rev Hosp Clin Fac Med S Paulo. 1993;48(4):170-4.
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