Diagnóstico precoce de Neurite em um paciente com Hanseníase com pouca sintomatologia neurológicos através da eletroneuromiografia
Palavras-chave:
hanseníase, Neurite, EletroneuromiografiaResumo
OBJETIVO: Mostrar a importância da eletroneuromiografia para diagnóstico precoce do acometimento neurológico na hanseníase mesmo que com pouca sintomatologia melhorando assim o prognóstico e a qualidade de vida do paciente. Além de demonstrar os possíveis achados neurfisiológicos na hanseníase além dos usualmente descritos na literatura. MÉTODO: I.S.M., masculino, 31 anos foi admitido com placas eritematosas, bem delimitadas em membros, tronco e face associado a febre e discreta parestesia nos quatro membros, foi avaliado pela equipe de dermatologia que suspeitou do tipo 1 (Reação Reversa) sendo então submetido a biópsia de pele conclusiva para hanseníase forma LL (lepromatoso-lepromatoso), teste mitsuda positivo e eletroneuromiografia evidenciando lesão desmielinizante nos nervos fibulares profundos e medianos bilateralmente ( prolongamento de latência motora distal e redução de velocidade de condução motora) e não foram obtidas respostas sensitivas nos nervos Surais. O paciente foi tratado com esquema PQT/MB (rifampicina/dapsona/clofazimina) e prednisona (1mg por Kg/dia e redução progressiva), foi realizado exame neurológico (que evidenciou apenas parestesia nos quatro membros), estudo da condução nervosa, ultrassonografia para avaliação da espessura do nervo, fluxometria de laser Doppler e teste quantitativo de sensibilidade antes e após 6 meses de tratamento com resultados comparativos bastante satisfatório com melhora do quadro reacional. CONCLUSÕES: Diante de um paciente com hanseníase, associado ou não a estado reacional faz-se necessária a realização do estudo da condução nervosa, além do exame neurológico, a fim de detectar precocemente a disfunção neurológica e início do tratamento específico para evitar as incapacidades física e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Downloads
Referências
2 Falk B, Stalberg E. (1995). Motor nerve conduction studies: measurement principles and interpretation of findings. J Clin Neurophysiol;12:254-279.
3 Tankisi H, Johnsen B, Fuglsang-Frederiksen. (2003). Variation in the classification of polyneuropathies among European physicians. Clin Neuropysiol;114:496-503.
4 Tapinos N., Ohnishi M., Rambukkana A. (2006). ErbB2 receptor tyrosine kinase signaling mediates eraly demyelination induced by leprosy bacilli. Nature Medicine,12(8) Aug:961-966.
5 Brown TR, Kovindha A, Wathanadilokkol U, Piefer A, Smith T, Kraft GH. (1996) Leprosy neuropathy: correlation of clinical and electrophysiological testes. Indian J Lepr, 68(1):1-14.
6 Pannikar V, Jesudasan K, Vijayakumaran P, Christian M. (1989) Relapse or late reversal reaction? Int J Lepr, 57(2):256-528.
7 De Faria C e Silva I.M. (1990) Electromyografic diagnosis of leprosy. Arq. Neuropsiquiatr 48(4):403-413.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.