Diagnóstico precoce de Neurite em um paciente com Hanseníase com pouca sintomatologia neurológicos através da eletroneuromiografia

Autores

  • Paula Saraiva Manhães Ambulatório Souza Araújo (ASA) no Laboratório de Hanseníase da Fundação Oswaldo Cruz
  • Robson Vital Ambulatório Souza Araújo (ASA) no Laboratório de Hanseníase da Fundação Oswaldo Cruz
  • José Augusto Nery Ambulatório Souza Araújo (ASA) no Laboratório de Hanseníase da Fundação Oswaldo Cruz
  • Marcio Nascimento Ambulatório Souza Araújo (ASA) no Laboratório de Hanseníase da Fundação Oswaldo Cruz
  • Marcia Jardim Ambulatório Souza Araújo (ASA) no Laboratório de Hanseníase da Fundação Oswaldo Cruz

Palavras-chave:

hanseníase, Neurite, Eletroneuromiografia

Resumo

OBJETIVO: Mostrar a importância da eletroneuromiografia para diagnóstico precoce do acometimento neurológico na  hanseníase mesmo que com pouca sintomatologia melhorando assim o prognóstico e a qualidade de vida do paciente. Além de demonstrar os possíveis achados neurfisiológicos na hanseníase além dos usualmente descritos na literatura. MÉTODO: I.S.M., masculino, 31 anos foi admitido com placas eritematosas, bem delimitadas em membros, tronco e face associado a febre e discreta parestesia nos quatro membros, foi avaliado pela equipe de dermatologia que suspeitou do tipo 1 (Reação Reversa) sendo então submetido a biópsia de pele conclusiva para hanseníase forma LL (lepromatoso-lepromatoso), teste mitsuda positivo e eletroneuromiografia evidenciando lesão desmielinizante nos nervos fibulares profundos e medianos bilateralmente ( prolongamento de latência motora distal e redução de velocidade de condução motora) e não foram obtidas respostas sensitivas nos nervos Surais. O paciente foi tratado com esquema PQT/MB (rifampicina/dapsona/clofazimina) e prednisona (1mg por Kg/dia e redução progressiva), foi realizado exame neurológico (que evidenciou apenas parestesia nos quatro membros), estudo da condução nervosa, ultrassonografia para avaliação da espessura do nervo, fluxometria de laser Doppler e teste quantitativo de sensibilidade antes e após 6 meses de tratamento com resultados comparativos bastante satisfatório com melhora do quadro reacional. CONCLUSÕES: Diante de um paciente com hanseníase, associado ou não a estado reacional faz-se necessária a realização do estudo da condução nervosa, além do exame neurológico, a fim de detectar precocemente a  disfunção neurológica e início do tratamento específico para evitar as incapacidades física e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Todd KH, Funk JP, Bonacci R. (1996) Clinical significance of reported changes in pain severity. Ann Emerg Med, 27(4):485-489.
2 Falk B, Stalberg E. (1995). Motor nerve conduction studies: measurement principles and interpretation of findings. J Clin Neurophysiol;12:254-279.
3 Tankisi H, Johnsen B, Fuglsang-Frederiksen. (2003). Variation in the classification of polyneuropathies among European physicians. Clin Neuropysiol;114:496-503.
4 Tapinos N., Ohnishi M., Rambukkana A. (2006). ErbB2 receptor tyrosine kinase signaling mediates eraly demyelination induced by leprosy bacilli. Nature Medicine,12(8) Aug:961-966.
5 Brown TR, Kovindha A, Wathanadilokkol U, Piefer A, Smith T, Kraft GH. (1996) Leprosy neuropathy: correlation of clinical and electrophysiological testes. Indian J Lepr, 68(1):1-14.
6 Pannikar V, Jesudasan K, Vijayakumaran P, Christian M. (1989) Relapse or late reversal reaction? Int J Lepr, 57(2):256-528.
7 De Faria C e Silva I.M. (1990) Electromyografic diagnosis of leprosy. Arq. Neuropsiquiatr 48(4):403-413.

Downloads

Publicado

30-06-2012

Como Citar

1.
Manhães PS, Vital R, Nery JA, Nascimento M, Jardim M. Diagnóstico precoce de Neurite em um paciente com Hanseníase com pouca sintomatologia neurológicos através da eletroneuromiografia. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2012 [citado 29º de março de 2024];37(1):99-100. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35095

Edição

Seção

Resumos