Hanseníase dimorfa reacional em criança

Autores

  • Lívia Soares Santino Médica dermatologista pelo Instituto Lauro de Souza Lima/Bauru-SP.
  • Jaison Antônio Barreto Mestre em ciências - Médico dermatologista, hansenologista, preceptor da residência médica do Instituto Lauro de Souza Lima/Bauru-SP.
  • Ana Luiza Grizzo Peres Martins Médica residente do Instituto Lauro de Souza Lima/Bauru-SP.
  • Fernanda Simões Alves Médica dermatologista pelo Instituto Lauro de Souza Lima/Bauru-SP

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.35114

Palavras-chave:

hanseníase, infância, multibacilar

Resumo

Uma criança de 3 anos de idade recebeu o diagnóstico clínico de hanseníase multibacilar e iniciou poliquimioterapia, evoluindo após 2 meses com placas eritêmato--violáceas, foveolares, disseminadas. Sua mãe foi diagnosticada com hanseníase na faixa virchoviana há 1 ano e nesta ocasião a criança recebeu vacina BCG. A reavaliação clínica e os exames complementares da criança confirmaram hanseníase dimorfa com reação reversa, com baciloscopia de 3+, com bacilos granulosos. Este caso mostra algumas peculiaridades, como a presença de hanseníase multibacilar nesta faixa etária, fato incomum, devido ao longo período de incubação da doença; bem como demonstra que a vacina BCG não modificou a evolução natural da doença, pois a criança
já apresentava a doença em fase avançada. Os autores discutem alguns aspectos da hanseníase na infância, como a epidemiologia, fatores de risco, recursos diagnósticos e reforçam a importância da avaliação e do diagnóstico precoce de crianças contactantes de portadores de hanseníase, assim como do acompanhamento regular e de medidas de prevenção de incapacidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Rao, AG. Study of leprosy in children. Indian Journal of Leprosy 2009; 81:195-197.
2 Lastória JC, Putinatti MSMA. Utilização de busca ativa de hanseníase: relato de uma experiência de abordagem na detecção de casos novos Hansen. int, 29(1):6-11, 2004.
3 Cortés SL, Rodríguez G. Leprosy in Children: Association between Clinical and Pathological Aspects. Journal of Tropical Pediatrics 2004;50-1:12-15.
4 Saúde.gov.br [página na internet]. Hanseníase. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1466
5 Brubaker ML, Meyers WM, Bourland J. Leprosy in Children One Year of Age and Under. International Journal of Leprosy and Other Mycobacterial Diseases 1985;53-4:517-23.
6 Noordeen SK. The epidemiology of leprosy. In: Hastings RC. Leprosy. New York: Longman Group Limited; 1985. p. 15-30.
7 Ura S, Barreto JA. Papel da Biópsia Cutânea no Diagnóstico de Hanseníase. Hansen. int 29(2): 141-144, 2004
8 Opromolla DVA. Diagnóstico. In: Noções de hansenologia. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000. p.59-61.
9 Opromolla DVA. Manifestações clínicas e reações. In: Noções de hansenologia. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000. p.51-58.
10 Sékula SB; Beers SV; Oskam L; Lecco R e cols. A relação entre soroprevalência de anticorpos contra o glicolipídeo fenólico-I entre crianças em idade escolar e endemicidade da hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira Medicina Tropical 41-2; 81-88, 2008.
11 Nogueira MES, Moreno FRV, Silva EA, Arruda MSP. Imunologia. In: Opromolla DVA. Noções de hansenologia. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000. p.27-42.
12 Talhari S, Neves RG. Manifestações cutâneas e diagnóstico diferencial. In: Hanseníase. Manaus:Gráfica Tropical; 1997. p.5-40.
13 Ura S, Opromolla DVA.Controle. In: Opromolla DVA. Noções de hansenologia. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000. p.109-112.
14 Ura S, Girão RJS, Opromolla DVA, Soares CT, Stump MD. Hanseníase tuberculóide em paciente com AIDS. Hansen. int 29(2): 137-140, 2004
15 Durães SMB, Guedes LS, Cunha MD, Magnanini MMF, Oliveira MLWDR. Estudo epidemiológico de 107 focos familiares de hanseníase no município de Duque de Caxias - Rio de Janeiro, Brasil. An Bras Dermatol. 2010; 85(3): 339-45.
16 Moet FJ, Pahan D, Schuring RP, Oskam L, Richardus JH. Physical distance, genetic relationship, age, and leprosy classification are independent risk factors for leprosy in contacts of patients with leprosy. J Infect Dis. 2006;193:346-53.

Downloads

Publicado

30-06-2011

Como Citar

1.
Santino LS, Barreto JA, Martins ALGP, Alves FS. Hanseníase dimorfa reacional em criança. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2011 [citado 28º de março de 2024];36(1):51-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35114

Edição

Seção

Relatos de Experiências

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>