Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de hanseníase na cidade de Anápolis-GO

Autores

  • Danielly Mendes Resende Enfermeira, Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Instituto Sigma. Especialista em Administração em Saúde com habilitação em Saúde Pública, pelo Instituto Brasileiro de Extensão Educacional - IBEED. Autora da Pesquisa Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de Hanseníase na cidade de Anápolis-GO vinculada ao PBIC.
  • Marise Ramos de Souza Enfermeira, Mestre em Medicina Tropical, Área de concentração: Imunologia. Docente no Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. Consultora Técnica CGPNI/DEVEP/SVS/MS. Orientadora da Pesquisa Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de Hanseníase na cidade de Anápolis-GO vinculada ao PBIC.
  • Cristiane Ferreira Santana Enfermeira, Mestre em políticas públicas. Docente do Curso de Enfermagem e Farmácia na área de Saúde Pública no Centro Universitário-UniEvangélica e Co-orientadora da Pesquisa Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de Hanseníase na cidade de Anápolis-GO vinculada ao PBIC.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2009.v34.35161

Palavras-chave:

hanseníase, etiologia, epidemiologia, saúde pública

Resumo

Estudo exploratório, de abordagem quantiqualitativa. A finalidade do presente estudo foi detectar as principais causas da alta prevalência de hanseníase na cidade de Anápolis-GO, uma vez que a doença é considerada como problema de saúde pública no país, vislumbrando posteriormente, a realização de outros estudos para proporcionar possíveis soluções aos problemas detectados. Para concretização da pesquisa foram utilizadas as seguintes técnicas: análise documental, observação direta e entrevista com médicos e enfermeiros, entrevista com a Coordenação do Programa de Hanseníase da cidade de Anápolis e questionários a 30 pacientes portadores de hanseníase. Os resultados mostram que a cidade é hiperendêmica por apresentar 5,0 casos de hanseníase a cada 10.000 habitantes. As principais causas dessa alta prevalência são: diagnóstico tardio, ausência de educação continuada dos profissionais da saúde, falta de ações educativas comunitárias e familiares, déficit no  onhecimento da população acerca da doença, carência de transporte para busca ativa, deficiência de material para exames no laboratório, falha na cobertura assistencial e ausência da aplicabilidade da Portaria nº 1073/GM do Ministério da Saúde no Programa de Controle de Hanseníase na cidade. Dessa maneira, o estudo aponta para a necessidade dos serviços de saúde deste município que considerem essas deficiências e ausências proporcionando qualificação no acesso, promoção e proteção à saúde do hanseniano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Moreira D. Avaliação da força de preensão palmar com o uso do dinamômetro Jamar. Hansen int 2002; 27(2): 61- 9.
2 Helene LMF, Leão VM, Minakawa MM. Perfis epidemiológicos e a avaliação de incapacidades físicas de hansenianos de uma UBS de São Paulo. Hansen int 2001; 26(1): 5-13.
3 Souza MR. Presença de anticorpos anti-PGL-1 em pacientes portadores de hanseníase e seus contatantes intradomiciliares [dissertação]. São Paulo: IPTESP; 2003.
4 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Prevenção de Incapacidades. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
5 Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196/96. Normas de pesquisa envolvendo seres humanos. (Conselho Federal de Medicina). Bioética 1996; 4(2).
6 Brasil. Ministério da Saúde. Guia para implantar /implementar as atividades de controle da Hanseníase nos planos estaduais e municipais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 1999.
7 Moreira TA. Panorama sobre a Hanseníase: quadro atual e perspectivas. Rev. História, Ciências, Saúde-Manguinhos 2003; 10 (1): 1-15.
8 Feliciano KVO, Kovacs MH. Opiniões sobre a doença entre membros da rede social de pacientes de hanseníase no Recife. Rev. Panam Salud Publica 1997; 1 (2):112-8.
9 Lastória JC, Macharelli CB, Putinatti MS. Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico. Rev. Hansenologia Internationalis 2003; 28(1): 53-8.
10 Brasil. Portaria n. 1073/GM, 26 setembro de 2000. Diário Oficial da União: Seção 1. 2000 setembro: 1.
11 Prata PB, Bohland AK, Vinhas SA. Aspectos epidemiológicos da hanseníase em localidades do estado de Sergipe, Brasil, período de 1994-1998. Hansenologia Internationalis 2000; 25 (1): 49-53.
12 Andrade VLG, Sabroza PC, Araújo AJG. Fatores associados ao domicílio e a família na determinação da hanseníase, Rio de Janeiro, Brasil. Rev Caderno de Saúde Pública 1994; 10 (2): 281-92.
13 Martelli ACC. Manifestação tardia do eritema nodos hansênico com arterites necrosantes e exsudativas, arterites cicatricais, livedo reticular, nódulos e placas reacionais, com focos de necrose. Hansen int 1995; 26 (1): 37-42.
14 Queiroz MS, Carrasco MAP. O doente de hanseníase em Campinas: uma perspectiva antropológica. Rev. Cadernos de Saúde Pública 1995; 11: 479-90.
15 Maia MAC, Alves A, Oliveira R de, Barbosa LM. Conhecimentos da equipe de enfermagem e trabalhadores braçais sobre hanseníase. Hansen int 2000; 25 (1): p.26-38.
16 Munhoz-Jr H, Fontes CJF, Meirelles SMP. Avaliação do programa de controle de hanseníase em municípios matogrossenses, Brasil. Revista de Saúde Pública 1997; 31: 282-7.

Downloads

Publicado

30-06-2009

Como Citar

1.
Resende DM, Souza MR de, Santana CF. Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de hanseníase na cidade de Anápolis-GO. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2009 [citado 26º de abril de 2024];34(1):27-36. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35161

Edição

Seção

Artigos de investigação científica