Reação tipo 1 pós alta
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Palavras-chave

bacilos persistentes
reação tipo 1
terapêutica anti-hansênica

Como Citar

1.
Ghidella CC, Opromolla DVA. Reação tipo 1 pós alta. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2004 [citado 15º de novembro de 2024];29(1):37-40. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35262

Resumo

É apresentado um caso de hanseníase pré-dimorfa tratada com PQT/PB/OMS com alguma melhora na ocasião da alta. Um ano após, a área de anestesia que apresentava no dorso do pé direito se estendeu pela panturrilha até o cavo poplíteo. Seis anos depois o paciente retorna ao Centro de Saúde com lesões em placa quase planas róseo-hipocrômicas anestésicas no tronco e pé esquerdo. Uma biópsia de uma lesão do abdome mostrou um quadro histopatológico compatível com reação tipo 1 e baciloscopia igual a +++. Os autores discutem a possibilidade dos bacilos estarem em um estado de persistência e não terem sido destruídos pelas drogas utilizadas. Segundo eles, após a alta houve progressão dos bacilos pelos nervos determinando alterações no seu microambiente e consequentemente causando aumento da área anestésica sem serem reconhecidos ainda pelo sistema imune. Quando 6 anos depois eles se multiplicaram e foram finalmente reconhecidos pelas defesas do organismo, foram em parte destruídos, e deram lugar ao aparecimento de antígenos que desencadearam uma reação de hipersensibilidade (reação tipo 1). Os autores chamam a atenção que esses fatos têm que ser levados em consideração no tratamento de pacientes nessas condições porque a resposta ao tratamento dos casos paucibacilares é diferente dos casos virchovianos.

https://doi.org/10.47878/hi.2004.v29.35262
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Referências

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