Diagnóstico precoce da hanseníase: identificação de lesão cutânea inicial pela população de região metropolitana do Rio de Janeiro.

Autores

  • Renata Antunes Joffe Pós-graduanda em Dermatologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • Maria Leide Wand-Del-Rey Oliveira Professora Adjunta do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • Fernanda C.L. Rueda Acadêmico de Medicina da Univ. Federal do Rio de Janeiro.
  • Mônica Cunha Duarte Acadêmico de Medicina da Univ. Federal do Rio de Janeiro.
  • Karen H. Americano Acadêmico de Medicina da Univ. Federal do Rio de Janeiro.
  • Aline S. Pichone Acadêmico de Medicina da Univ. Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2003.v28.35305

Palavras-chave:

Hanseníase, diagnóstico precoce, educação e saúde

Resumo

A hanseníase continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil. O objetivo deste estudo é avaliar o grau de conhecimento sobre a doença na população de áreas adstritas a 8 unidades básicas de saúde de duas regiões metropolitanas do RJ, com enfoque na identificação dos seus sinais precoces. Ao longo de 2002, foram entrevistadas 800 mulheres, e apresentadas quatro imagens de lesões cutâneas (vitiligo, hanseníase indeterminada, mal perfurante plantar e hanseníase dimorfa) visando a sua impressão diagnóstica. Observou-se que 54,9% dos entrevistados conheciam o termo hanseníase (particularmente os de escolaridade mais alta), enquanto 45,1%, o termo lepra. A doença foi reconhecida, na maior parte das vezes (23,4% dos casos) quando se encontrava em fase avançada. Apenas 5,9% identificaram a lesão precoce. Os resultados indicam desconhecimento da hanseníase por parte desta população, especialmente em suas manifestações iniciais. Observa-se ainda que as estratégias de difusão da nova terminologia hanseníase não foram eficazes. Consideramos que a capacidade de suspeição da doença deve pertencer não apenas ao profissional de saúde, e sim a todos, na forma de um saber comum.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. ROTBERG, A. O Brasil reconhece oficialmente a insuficiência da política convencional de controle da hanseníase e adota novas
medidas baseadas na remoção das barreiras culturais da “lepra” (edit) Hansen. Int., v. 1, n. 2, p. 101-105, 1976.
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE/ATDS. Relatório anual de hanseníase, Brasília, 1999. (mimeo)
3. DONABEDIAN, A. La calidad de la atencion médica – definicion y métodos de evaluacion. México, D.F: La Prensa Mexica, 1984.
4. FELICIANO, K.V.O.; KOVACS, M.H.; ALZATE, A. Diagnóstico precoce de hanseníase: o caso dos serviços de saúde no Recife
(Pernambuco), Brasil. Em: Rev Panam Salud Publica, /Pan Am/Public Health. v.4, n.1, p.6-13, 1998.
5. FELICIANO, K.V.O.; KOVACS, M.H. Opiniões sobre a doença entre membros da rede social de pacientes de hanseníase no Recife. Rev Panam Salud Publica/Pan Am/ Public Heath, v. 1, n. 2, p. 112 - 117, 1997. 70
Hansenologia Internationalis
6. GIORDAN, A. Heath education, recent and future trends. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 95 supl. 1, p. 53-58, 2000.
7. MAIA, M.A.C.; ALVES, A.; OLIVEIRA, R. Conhecimento da equipe de enfermagem e trabalhadores braçais sobre hanseníase. Hansen.int., Bauru, v.25, n.1, p. 26-30, jan-jul. 2000.
8. ROTBERG, A. A prevenção moderna da hanseníase: caminhos e obstáculos. Bol. Serviço Nacional de Lepr. n .2/4, p.107-124, Rio
de Janeiro. 1973.
9. TALHARI, S.; NEVES, R.G. Dermatologia Tropical Hansenologia. Manaus, Ed. Calderaro, 1984.
10.VALLA, V.V. Educação popular, saúde comunitária e apoio social numa conjuntura de globalização. Cad. Saúde Publica, Rio de
Janeiro, v.15, supl. 2, p.7-14, 1999.

Downloads

Publicado

30-06-2003

Como Citar

1.
Joffe RA, Oliveira MLW-D-R, Rueda FC, Duarte MC, Americano KH, Pichone AS. Diagnóstico precoce da hanseníase: identificação de lesão cutânea inicial pela população de região metropolitana do Rio de Janeiro. . Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2003 [citado 23º de abril de 2024];28(1):65-70. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35305

Edição

Seção

Artigos originais