Análise comparativa entre o diagnóstico clínico da hanseníase e os exames histopatológicos realizados segundo os critérios da classificação de Madrid e a de Ridley-Jopling
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Palavras-chave

Hanseníase
Classificação
Histopatologia
Diagnóstico clínico

Como Citar

1.
NEVES RG, HAHN MD, BECHELLI LM, MELCHIOR JR E, PAGNANO PMG, HADDAD N. Análise comparativa entre o diagnóstico clínico da hanseníase e os exames histopatológicos realizados segundo os critérios da classificação de Madrid e a de Ridley-Jopling. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 1982 [citado 12º de novembro de 2024];7(1):8-24. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35596

Resumo

Foi realizado um estudo histopatológico comparativo segundo os critérios das classificações de Ridley-Jopling (RJ) e do Congresso de Madrid (CM) em diferentes tipos clínicos e grupos de hanseníase. Foi encontrada concordância entre ambos os critérios no grupo Indeterminado e nas fases regressivas dos tipos Virchowiano (V), Tu-berculóide (T) e Tuberculóide Reacional (TR). Os TR clínicos foram confirmados pelo exame histopatológico em 81,2% dos casos de acordo com os critérios do CM, enquanto 46,2% foram considerados "Borderline" de acordo com os critérios de RJ. Dos 48 pacientes clinicamente V, 17 (35,4%) eram "Borderline" (BL-2, BL-1, e BB), mas praticamente todos eram também V do ponto de vista histopatológico de acordo com o CM. Conclui-se que não há conveniência prática no estabelecimento de subgrupos, baseados na histopatologia, que não concordem perfeitamente com os critérios clínicos. Os Autores destacam a importância do estudo dos plasmócitos nos infiltrados V; dos linfócitos nos granulomas e da maneira diferente de agressão das terminações nervosas, especialmente nos poios T e V. A coloração dos lipídios pelo Sudão III é útil para caracterizar perfeitamente o polo V, reconhecer as estruturas residuais V, separar os subgrupos BT, BB e BL, ajudar no diagnóstico precoce dos infiltrados V e na diferenciação da vacuolização citoplasmática por edema dos TR.

https://doi.org/10.47878/hi.1982.v7.35596
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