A coloração de, lipídios pelo Sudão lll. Importância na classificação histopatológica da hanseníase
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Palavras-chave

Lipídios
Sudão III
Hanseníase
Célula de Virchow
Indeterminada
Virchowiana Tuberculóide
Dimorfa

Como Citar

1.
NEVES RG. A coloração de, lipídios pelo Sudão lll. Importância na classificação histopatológica da hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1977 [citado 27º de dezembro de 2024];2(2):135-52. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36065

Resumo

1º) As técnicas de coloração para lipídios devem ser realizadas, rotineiramente, ao lado da Hematoxilina eosin e da coloração de bacilos a fim de aumentar a precisão diagnóstica das diversas formes clinicas da Hanseníase. 2.°) O Sudão III usado em 8972 casos permite concluir que, apesar dos pequenos inconvenientes da fácil cristalização e descoramento das preparações é imprescindível à correção do diagnóstico histopatológico. 3.°) Na Hanseníase Indeterminada a pesquisa de lipídio patológico é sempre negativa. Alguns casos clinicamente diagnosticados como Indeterminados revelaram tratar-se de Hanseníase Virchowiana incipiente ou em fase de transição graças ao achado de células de Virchow típicas com o duplo componente bacilos-lipídio. Somente o emprego obrigatório da coloração para lipídios despista estes casos.
4.°) Na Hanseníase Tuberculóide, com granulomas quiescentes a pesquisa de lipídios é sempre negativa. 5.°) Na Hanseníase Tuberculóide reacional a pesquisa de lipídio anormal é negativa porém graças ao edema que desestrutura os granulomas aparece uma tonalidade amarelada, clara e difusa. Isto se deve à solubilização parcial do corante no liquido de edema que contém uma fração de lipóides normais. Um patologista não familiarizado com esta imagem poderia considerá-la como positiva (é portanto falso-positiva).  6.°) Consideramos como Hanseníase Tuberculóide em reação quando nem todos os granulomas apresentam edema separando as células epitelióides; a cor amarelada difusa somente é observada nos que estiverem nesta fase de transição. 7.°) Na Hanseníase Virchowiana em atividade a pesquisa de lipídios foi positiva em mais de 99% dos casos. 8.°) Na Hanseníase Virchowiana em regressão e residual a presença de lipídios é praticamente de 100%. No estádio final a deposição do lipídio se faz também no interior de grandes vacúolos, cavidades e no citoplasma de células gigantes do tipo corpo estranho. 9.°) Na Hanseníase Dimorfa encontramos positividade em 75,9% dos casos. 10.°) Na Hanseníase Dimorfa é multo importante o reconhecimento dos 2 tipos de imagem pois elas podem estar presentes na mesma preparação:
— lipídio localizado grumoso e nítido, nas células de Virchow;
— lipídio difuso, amarelo claro, nos granulomas tuberculóides com edema.

https://doi.org/10.47878/hi.1977.v2.36065
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