Qualidade de vida da pessoa tratada da hanseníase
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Palavras-chave

Qualidade de Vida
População Institucionalizada

Como Citar

1.
Quaggio CM da P, Virmond M, Guimarães HCQCP. Qualidade de vida da pessoa tratada da hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2014 [citado 22º de dezembro de 2024];39(2):36-4. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36182

Resumo

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas tratadas da hanseníase e moradores da área Social do Instituto Lauro de Souza Lima. Materiais e Métodos: A análise foi quantitativa realizada por estatística descritiva e aplicação do Teste Qui-quadrado, e qualitativa, com a Técnica em Grupo Focal. Resultados: A amostra foi de 36 moradores e o instrumento foi à versão abreviada do World Health Organization Quality Of Life (WHOQOL-bref), divididas em quatro domínios. Os resultados quanto à satisfação da QV foram avaliados quatro domínios: 1 físico, aborda a dor, tratamento médico, energia, locomoção, capacidade funcional e laboral o resultado foi de 33,3 a 52,7%; no 2 psicológico, abrange o sentido da vida, concentração, aparência física, satisfação consigo mesmo e sentimentos negativos, as respostas variaram de 33,3 a 68,3%; o 3, domínio das relações sociais, o resultado, variou de 47,2 a 68,3%; e por fim no domínio 4: meio ambiente, que fala sobre segurança, ambiente físico, dinheiro, informações, lazer, condições de moradia, meio de transporte e serviços de saúde, ficou entre 30,5 e 77,7%. Nos quatro domínios a maioria das questões foram estatisticamente significante para p< 0,05. Na técnica de entrevista em grupo focal foi confirmado o resultado obtido anteriormente. Conclusão: Embora os participantes do estudo tenham limitações físicas, a avaliação por meio do WHOQOL-bref e da entrevista em grupo focal foi boa. Surpreendendo os pesquisadores, que recomendam a aplicação de instrumentos de QV que possibilitará novas comparações com pessoas com perfil semelhante que vivam em outros Asilos Colônias.

https://doi.org/10.47878/hi.2014.v39.36182
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