Impacto da prevenção de incapacidades em hanseníase: correlação entre diagnóstico e alta
DOI:
https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.36209Palavras-chave:
Hanseníase, Prevenção, ncapacidades, Saúde públicaResumo
Os objetivos deste trabalho foram identificar os índices de detecção e prevalência da hanseníase em Bragança Paulista - SP, no período de 1999 a 2006, delineando o predomínio da forma da doença e comparar os graus de incapacidades notificados no diagnóstico e na alta do tratamento. As informações foram coletadas em prontuários, fichas de notificação do SINAN e DATASUS (n=171). Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas usando o teste Qui-quadrado (p≤0,01). Foram analisados 171 prontuários e nestes, foi observado que apenas 47% dos pacientes tinham sido avaliados no diagnóstico e na alta. A investigação dos graus de incapacidade dos pacientes avaliados no diagnóstico e na alta mostrou que no olho direito 10,4% apresentaram piora e 34,8% dos pacientes com incapacidades no diagnóstico melhoraram (p=0). No olho esquerdo, 8,6% apresentaram piora e 39,1% dos pacientes com grau I ou II no diagnóstico melhoraram (p=0). Na mão direita, 9,4% apresentaram piora e 18,7% dos que apresentavam grau I ou II melhoraram (p=0). Na mão esquerda, 7,7% pioraram e 37,5% dos que eram grau I ou II apresentaram melhora (p=0). Em pé direito, 20% apresentaram piora no quadro de incapacidades e 30,3% dos que apresentaram grau I ou II no diagnóstico melhoraram (p=0). No pé esquerdo, 28,6% pioraram e 28,2% dos que apresentavam grau I ou II melhoraram (p=0). Os pacientes avaliados no diagnóstico e na alta tiveram reduções significativas nos graus de incapacidades em olhos, mãos e pés na alta, sugerindo que ações de prevenção podem ter impacto na prevenção de incapacidades. Palavras-chave: Hanseníase, Prevenção, Incapacidades, Saúde pública
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