Perfil do doente de hanseníase no estado da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.47878/hi.2010.v35.36223Palavras-chave:
hanseníase, enfermagemResumo
Esse estudo tem como objetivo traçar o perfil do doente de hanseníase no Estado da Paraíba. É resultado de um estudo epidemiológico do tipo observacional, transversal e de base individual, utilizando-se o método quantitativo. Dos 223 municípios da Paraíba, escolhemos como critério de inclusão os com maior incidência de hanseníase. Foi utilizada uma amostra de 6,7%. As variáveis escolhidas foram mesmas utilizadas na ficha de notificação do SINAN. Para a coleta de dados foi feito um instrumento com questões fechadas e respostas pré-condicionadas. Os dados foram processados utilizando-se o Programa Statistical Package for Social Science. Esse perfil mostra que: as mulheres adoecem mais de hanseníase do que os homens; há uma predominância de não - alfabetizados, com quase 50% das fichas analisadas; mais de 50% da população situa-se na faixa etária 25-60 anos; há uma predominância de casos raça/cor ignorados, ou seja, o serviço não está dando a devida atenção a esse dado; não há diferença significativa entre paucibacilar e multibacilar, porém a forma paucibacilar apresenta um maior número de casos; não há divergências significativas em relação às formas clínicas, no entanto a hanseníase tuberculóide apresenta uma incidência maior; os dados revelam que não há representatividade no Estado quanto ao número de lesões, porque há dois sistemas de informação; 41,4% dos casos apresentam resultados negativos para baciloscopia; em Campina Grande, João Pessoa e Cajazeiras a incidência é maior.
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