Identificação dos alelos HLA de classe I e classe II em pacientes co-infectados com hanseníase e AIDS
PDF

Palavras-chave

HLA
hanseníase
aids
co-infecção hanseníase/ aids

Como Citar

1.
Silva SMUR, Carvalho CPM, Marcos EVC, Souza FC de, Ura S, Almeida RAM de B. Identificação dos alelos HLA de classe I e classe II em pacientes co-infectados com hanseníase e AIDS. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2006 [citado 26º de dezembro de 2024];31(2):29-34. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36347

Resumo

O complexo HLA tem sido amplamente estudado, na
tentativa de elucidar os mecanismos que levam ao direcionamento da forma clínica na hanseníase. Foram observadas associações positivas dos alelos HLA-DR2 e HLA-DR3, com a forma tuberculóide (HT) e do alelo HLADQ1, com a forma virchoviana (HV). Em relação ao HIV os alelos de classe I, HLA-B35 e HLA-Cw4 parecem estar mais fortemente associados com a deterioração imunológica e com a aceleração da progressão para a aids e os alelos HLA-A1, HLA-B8, HLA-B27, HLA-Cw7 e os de classe II, HLADR3 e HLA-DQ2 com a progressão lenta da doença. Por não haver nenhum dado na literatura descrevendo a participação dos alelos HLA em indivíduos co-infectados com hanseníase e HIV, o presente estudo teve como objetivo avaliar a freqüência dos alelos HLA de Classe I e II (locus A, B, C, DR e DQ) em pacientes co-infectados, atendidos no Instituto Lauro de Souza Lima de Bauru. Foi possível observar que a presença de alelos descritos na literatura como associados com rápida progressão da aids parece não infl uenciar no espectro clínico da hanseníase. Embora a infecção pelo HIV cause profundos danos no sistema imune, não houve direcionamento para a forma virchoviana multibacilar como se poderia esperar. Estudos abrangendo maior casuística devem ser conduzidos para que os resultados sejam mais informativos uma vez que a co-infecção HIV/M.leprae é um evento importante em área endêmica para ambas as doenças.

https://doi.org/10.47878/hi.2006.v31.36347
PDF

Referências

1 Ustionowski AP, D Lawn S, Lockwood DNJ.Interactions betwen HIV infection and leprosy: a paradox. Lancet Infect Dis 2006;6:350-60.
2 Andrade V, Alves TM, Avelleira JCR, Bayona M. Prevalência de HIV-1 em pacientes de hanseníase no Rio de Janeiro. Hansen int 1996; 21(1):22-33.
3 Lucas S. Human immunodefi ciency vírus and leprosy. Lepr rev 1993; 64:97-103.
4 Opromolla DVA, Tonello CJS, Fleury RN. Hanseníase dimorfa e infecção pelo HIV (aids). Hansen int 2000; 25(1):54-9.
5 Sampaio EP, Caneshi JRT, Nery JAC, Duppre NC, Pereira GMB, Vieira LMM et al. Cellular Immune Response to Mycobacterium leprae infection in Human Immunodefi ciency Vírus-Infected Individual. Infect and Imun 1995; 63(5)1848-54.
6 Abbas AK, Lichtam AH, Pober JS. Cellular and molecular immunology. 4thed. New York: W.S.Saunders Co., 2000.
7 Munro A, Bright S. Products of the major histocompatibility complex and their relationship to the immune response. Nature 1976; 264:145-52.
8 Sasazuki T, Nishimura Y, Muto M, Ohta N. HLA-linked genes controlling immune response and disease susceptibility. Immunol Rev 1983; 70: 51-75.
9 Naik S. The Human HLA System. J Indian Rheumatol Assoc 2003; 11:79-83.
10 Klein J, Sato A. The HLA System. Review Articles. Advances in Immunology. The New England Journal of Medicine 2000; 343(11):782-6.
11 Ottenhoff THM. Immunology of leprosy. New developments. Trop Geogr Med. 1994;46(2):72-80.
12 Petzel-Erler ML. Genetics of the immune response and disease susceptibility. Cienc Cult (São Paulo) 1999; 51: 199-211.
13 Ustionowski AP, D Lawn S, Lockwood DNJ.Interactions betwen HIV infection and leprosy: a paradox. Lancet Infect Dis.2006;6:350-60.
14 Van Eden W, Mehra NK, Vaidya MC, D´Amarco J, Schreuder GMTh, Van Rood JJ. HLA and sporadic tuberculoid leprosy: a population study in Maharashta, India. Tissue antigens 1981; 18(3): 189-94.
15 Van Eden W, de Vries RR, D´Amaro J, Schreuder I, Leiker DL, Van Rood JJ. HLA-DR associated genetic control of the type of leprosy in a population from Surinam. Human Immunol. 1982; 4(4):343-50.
16 Izumi S, Sugiyama K, Matsumoto Y, Ohkawa S. Analysis of the immunogenetic background of Japanese leprosy patients by the HLA system. Vox sang 1982; 42(5): 243-7.
17 Ottenhoff THM, Gonzalez NM, De Vries RR, ConvitJ, Van Rood JJ. Association of HLA specifi city LB-E12 (MB1, DC1, MT1) with lepromatous leprosy in a Venezuelan population. Tissue antigens 1984; 24 (1): 25-9.
18 Carrington M, NelsonGW, Martins MP, Kissner T, Vlahov D, Goedert JJ, et al. HLA and HIV-1: Heterozygote Advantage and B35-CW4. Disadvantage. Science 12 march 1999. v 283.
19 Scherer A, Frater J, Oxenius A, Aguderlo J, Price DA, Günthard HF et al.. quantifi able cytotoxic T lymphocyte responses and HLA-related risk of progression to AIDS. PNAS 2004;101(33): 12266-70.
20 Kelleher AD, Long C, Holmes EC, Allen RL, Wilson J, Conlon C et al.. Clustered mutations in HIV-1 gag are consistently required for escape from HLA-B27-restricted cytotoxic T lymphocyte response. J Exp Med 2001;193(3): 375-85.
21 Dubey DP, Yunis I, Leslie CA, Mehta C, Yunis EJ. Homozygosity in the major histocompatibility complex region infl uences natural killer cell activity in man Eur. J. Immunol. 1987;17(1):61-66.
22 Miller SA., Dykes DD, Polesky HF. A simple salting out procedura for extracting DNA from human nucleated cells. Nucleic Acids. Res 1988; 16: 1215.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.