Características sociodemográficas e epidemiológicas relacionadas ao grau de incapacidade física em hanseníase no estado da Paraíba, Brasil
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Palavras-chave

Hanseníase
Pessoas com Deficiência
Atenção Primária à Saúde
Epidemiologia
Perfil de Saúde

Como Citar

1.
Véras GCB, Silva LH da, Sarmento WM, Moraes RM de, Oliveira SH dos S, Soares MJGO. Características sociodemográficas e epidemiológicas relacionadas ao grau de incapacidade física em hanseníase no estado da Paraíba, Brasil. Hansen. Int. [Internet]. 18º de julho de 2023 [citado 5º de novembro de 2024];48:1-15. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/38999

Resumo

Objetivou-se analisar a associação entre características sociodemográficas e clínicas com o desenvolvimento dos graus de incapacidades físicas 1 ou 2 em pessoas com diagnóstico de hanseníase na Paraíba, Brasil. Estudo ecológico, de base populacional, que teve como unidades de análises os 223 municípios do estado. Os dados foram coletados no Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas/Hanseníase, pertencente à Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do estado da Paraíba em junho de 2021, após extração do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação. O banco de dados reuniu 2.468 casos novos de hanseníase registrados no período de 2016 a 2020. A chance de uma pessoa diagnosticada com hanseníase desenvolver a incapacidade física 1 ou 2 é maior nas pessoas de sexo masculino, com 15 anos ou mais, estudo formal menor ou igual a nove anos, classificação operacional multibacilar, com mais de cinco lesões e mais de um nervo afetado, além de baciloscopia positiva. Políticas de educação em saúde são fortemente recomendadas no intuito de melhorar o conhecimento dos profissionais e da comunidade. Abordagens sobre a hanseníase, diagnóstico precoce, busca ativa, vigilância e acompanhamento dos casos e de seus contatos, além das incapacidades físicas, em especial para pessoas de maior vulnerabilidade a desenvolvê-las, são fundamentais.

https://doi.org/10.47878/hi.2023.v48.38999
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