Um sistema de cores na caracterização biopsicossocial do portador de hanseníase reacional
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Hanseníase
Reações
Avaliação pelas cores
Enfermagem
Psicologia
Quimioterapia

How to Cite

1.
Paschoa VD, Soler ZASG. Um sistema de cores na caracterização biopsicossocial do portador de hanseníase reacional. Hansen. Int. [Internet]. 1999 Jun. 30 [cited 2024 Dec. 22];24(1):21-3. Available from: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35405

Abstract

A questão norteadora deste estudo é a preocupação com a problemática relacionada à assistência de enfermagem ao portador de hanseníase, especialmente quando surge o fenômeno reacional. Teve como objetivos caracteri zar uma amostra de portador de hanseníase reacional, enfatizando aspectos da doença e da reação hansênica e investigar, por meio de um sistema de cores, as principais mudanças ocorridas no âmbito biopsicossocial. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório realizado em um hospital - escola que desenvolve um Programa de Controle da Hanseníase, com 28 pacientes adultos de ambos os sexos, em estado reacional, que estavam agendados para atendimento no referido Programa. Foram utilizados 2 instrumentos de coleta de dados: um a entrevista tendo por guia uma formulário,contendo questões a serem  respondidas oralmente pelos pacientes e um roteiro sobre as mudanças experimentadas pelo cliente em decorrência à crise reacional, onde o mesmo fazia uma síntese, através de um sistema de cores. O período da coleta de dados foi de outubro de 1997 à março de 1998. Obteve-se que as crises reacionais ocorrem em portador d e hanseníase de ambos os sexos, independente da idade e do tipo de forma clínica da doença, permanecendo aos cuidados dos serviços de saúde em até cinco anos após a alta quimioterápica. Verificou-se que as crises reacionais , alteram consideravelmente a qualidade de vida do seu portador, sinalizadas pela anotações das cores verde, amarela e vermelha , de notando as dificuldades encontradas para lidar com determinados problemas levantados, como a convivência com a dor, as expectativas do sonho de futuro, a alimentação, o sono, entre outros, no seu cotidiano de vida. O sistema de cores utilizado facilitou a anamnese e a analise dos componentes comprometidos, oferecendo subsídios para uma assistência de enfermagem mais eficaz e voltada para as necessidades individuais deste paciente.

https://doi.org/10.47878/hi.1999.v24.35405
PDF (Português (Brasil))

References

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Guia de controle da hanseníase. 2.ed. Brasilia: Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária, 1994.
2. BRYCESON, A.D.M. Leprosy. In: ROOK; W ILKINSON; EBLING. Textbook of dermatology. 15.ed, Oxford: Blackwell. Scienc. Public., 1992, v.2.
3. CARAYON, A . La reaction reversa ou inversa. Hansen. Int., v.6, n.1, p.10-18, 1981.
4. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4.ed., São Paulo: Makron Books, 1993.
5. CLARO, L.B.L. Hanseníase, representações sobre a doença: estudo em população de pacientes ambulatoriais no Rio de
Janeiro. Dissertação (Mestrado) - Rio de Janeiro, 1993. 213 p. Escola Nacional de Saúde Pública.
6.CUNHA, ).A.; RAYMUNDO, M.G.B. Questões básicas. In: CUNHA et al. PsicodiagnósticoR. 4. ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas,
1993.
7.GOODLESS, D.R.; RAMO-CARO, EA; FLOWERS, F.P. Reactional states in Hansen's disease: pratical aspects of emergency management. South. Med. J., v.84, p.237-240, 1991.
8.LESSA, Z.L. Hanseníase e educação em saúde: o confronto entre o conhecimento científico, empírico e teológico. São Paulo, 1986.
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.
9.MASLOW, A.H. Motivation and personality. New York: Harper S. Row, Publishers, 1954.
10.MENDES, I.J.M. O ser hanseniano. Ribeirão Preto. 1987. Tese (Doutorado) - Faculdade de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São PauloPASCHOAL, V.D. et aí. Um sistema de cores na caracterização biopsicossocial do portador de hanseníase reacional
11.MODLIN, R.L.; MEHRA, V.; JORDAN, R.; BLOOM, B.R.; REA, T.H. In situ and in vitro characterization of the cellular immune
response in erythema nodosum leprosum. J. Immunol., v.136, p.883-886, 1986.
12.NAAFS, B.; FABER, W.; BRANDSMA, W.; STANLEY, J. Reactive fhenomena, Bangkok. Workshop on Leprosy Research, /1993/mimeografado/
13.OLIVEIRA, M.H.P. Reações emocionais dos portadores de hanseníase portadores de deficiência física. Hansen. Int, v.15, n.1-2, p.16-23, 1990.
14.OLIVEIRA, M.H.P. Os efeitos da hanseníase em homens e mulheres: um estudo de gênero. Ribeirão Preto, 1995. 185 p. Tese
(Livre- Docência). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.
15.OPROMOLA, D.V. A História. In: Noções de hansenologia. Bauru, CERQ/HLSL, 189 p., 1981 /Mimeografado/.
16.PEREIRA, L.V. Estimação de categorias de descritores de dor pósoperatória: um enfoque experimental. Ribeirão Preto, 1996. 158 p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.
17.PIMENTEL, M.I.F.; NASCIMENTO, H.J. do; FILGUEIRA, A.L. Hanseníase, radiação ultravioleta e citocinas. An. bras. Derm. Rio de Janeiro, v.71, n.2, p.141-146, març/abril, 1996.
18.RABELLO & FRAGA. Atlas de dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1970, p.167.
19.RIDLEY, D.S.; JOPLING, W.H.. Classification of leprosy according to immunity: a five group system. Int. J. Leprosy, n.34, p.255-273,
1966.
20.ROSSATO, L.M. Utilizando instrumentos para a avaliação da percepção de dor em préescolares face a procedimentos dolorosos.
S ã o P au l o , 1997, 71 p., Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem. Universidade de São Paulo.
21.ROTBERG, A. Noções de hansenologia. São P aulo: Fundaç ão P aulis t a Cont ra a Hanseníase, 1977.
22.ROYO, J.L. Navarro. Aproximacion psicológica a Ia enfer med a d d e ha nsen. Mad rid, Patronato de Rehabilitación Social del Enfermo de Lepra, 1990.
23.SHNITZLER, R. Hanseníase In: AMATO NETO, V; SILVEIRA, J.L.B. Doenças transmissíveis. 3.ed. São Paulo: Sarvier, 1989.
24.TALHARI, S. Hanseníase: situação atual. An. bras. Derm., Rio de Janeiro, v.69, n.3, p.209-215, maio/jun., 1994.
25.VERONESI, R.D o e n ça s i n f e c c i o s a s e parasitárias.8.ed., Rio de Janeiro: Guanabara, 1991. cap.44, p.349. 26.YODER, J. Manejo de reações em hanseníase. Carville, Star, jan/fev, 1987.

This journal is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Download data is not yet available.