Resumen
Representações sociais são compreendidas como estruturas dinâmicas que regulam as escolhas e ações dos sujeitos e dos grupos em diferentes situações da vida, em especial nos episódios de adoecimento. Raras são as doenças em que, como na lepra, se encontra tão evidenciada a associação entre doença e estigma, deformidade física e condenação moral. Com o objetivo de comparar as representações sociais de uma geração de pacientes que passou pela internação compulsória com o diagnóstico de lepra e outra mais tarde tratada ambulatorialmente com o diagnóstico de hanseníase, indaga-se em que medida permanecem invariáveis alguns dos traços da milenar representação estigmatizante da lepra, apesar das mudanças havidas na denominação e na compreensão da natureza e do tratamento da doença.
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