Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do isolamento compulsório
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Epidemiologia
Hanseníase
Saúde Pública
Enfermagem

Cómo citar

1.
Carvalho MAJ, Lopes NTB, Santos TS dos, Santos K da S, Farnocchi PG, Tavares CM. Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do isolamento compulsório. Hansen. Int. [Internet]. 30 de noviembre de 2013 [citado 26 de diciembre de 2024];38(1/2):47-55. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35075

Resumen

A hanseníase afeta milhares de brasileiros anualmente, destes um número significativo apresenta graus de incapacidade física I e II. O Objetivo deste estudo foi conhecer o perfil sociodemográfico e as principais incapacidades físicas instaladas em pessoas que tiveram hanseníase na época do isolamento compulsório. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, que avaliou 26 residentes de um ex-hospital colônia, hoje designado Centro de Convivência, localizado na cidade de Maracanaú - CE. Foi utilizado um questionário para definir o perfil sociodemográfico e o formulário de avaliação neurológica simplificado, preconizado pela OMS para identificar o grau de incapacidade física. Os dados foram coletados e armazenados em uma planilha do software Excel. Após esta etapa o banco de dados foi importado e processado pelo programa EPI-INFO (versão 6). Observou-se predomínio de pessoas do sexo masculino (57,7%), ensino fundamental incompleto (50,0%), a faixa etária variou entre 40 a 80 anos, com renda de até um salário mínimo, quanto ao estado civil, (38,5%) eram casados e (30,8%) viúvos. A maioria (88,5%) apresentou o Grau II de incapacidade. Os segmentos mais afetados foram pés e mãos constatando-se uma perda de sensibilidade nos membros inferiores de (50,0%) e superiores (38,46%) na maioria dos avaliados. Conclui-se que as principais incapacidades presentes nas pessoas atingidas pela hanseníase, são decorrentes de lesões secundárias, principalmente à perda da sensibilidade, como também a insuficiência e ou ausência de ações de prevenção e reabilitação física.

https://doi.org/10.47878/hi.2013.v38.35075
PDF (Português (Brasil))

Citas

1 Organización Mundial de Salud, Centro de Prensa. Lepra: nota descriptiva nº 101. [Internet]. [local desconhecido]: OMS; 2014. [citado en 2015 Jan 08]. Disponible en: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs101/es/.
2 Organização Pan-Americana da Saúde. OMS Divulga situação mundial da hanseníase. [Internet]. Brasília: OPAS/OMS Brasil; [data desconhecida]. [citado em 2014 Out 18]. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index. php? option=com_content&view=article&id=1477:oms--divulga-situacao-mundial-hanseniase&Itemid=777.
3 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de prevenção de incapacidades. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. 140 p.
4 Andrade V. Implementação da PQT/OMS no Brasil. Hansen Int [Internet]. 2006 [citado em 2013 Nov 23];31(1):23-31.Disponível em: http://www.ilsl.br/revista/imageBank/16-2782-1-PB.pdf.
5 Pavani ECR. O isolamento no Hospital Colônia Pedro Fontes, Itanhenga/ES e a caracterização da população do Educandário Alzira Bley no período de 1937 a 1979 [dissertação]. Espírito Santo: Universidade Federal do Espírito Santo; 2013. 190 p
6 Frazão CK, Picolo BN, Hanouche ZR, Santos MP, Santos RCR. Prevalência do olho seco em portadores de hanseníase de um hospital-colônia em Goiânia. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2005 [citado em 2014 Fev 25];68(4):457- 61. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abo/v68n4/v68n4a08.pdf.
7 Nardi SMT, Cruz LP, Pedro HSP, Marciano LHSC, Pachoal VDA. Avaliação das deficiências físicas em pessoas com hanseníase empregando dois indicadores: grau de incapacidade e Eyes-Hands-Feet. Hansen Int [Internet]. 2011 [citado em 2013 Fev 12];36(2):9-15. Disponível em: www. ilsl.br/revista/download.php? id=imageBank/v36n2a02.pdf.
8 Maciel LR, Oliveira MLW, Gallo MEN, Damasco MS. Memória e história da hanseníase no Brasil através de depoentes (1960-2000). Rev Hist Cienc Saúde - Manguinhos [Internet]. 2003 [citado em 2013 Mar 16];10(Sup1):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S010459702003000400015&lng=pt&nrm=iso&.
9 Bernardes CA, Santos AF, Padovani CTJ, Santos LF, Hans G Filho. Incapacidade física em hanseníase de Campo Grande - Mato Grosso do Sul. Hansen Int [Internet]. 2009 [citado em 2014 Jun 20];34(1):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10982.
10 Rodini FCB, Gonçalves M, Barros ARSB, Mazzer N, Elui VMC, Fonseca R. Prevenção de incapacidade na hanseníase com apoio em um manual de autocuidado para pacientes. Fisioter Pesq [Internet]. 2010 [citado em 2014 Out 10];17(2):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/12189.
11 Marzliak MLC, Silva RCP, Nogueira W, Guisard CL, Ferreira ME, Metello HN, et al. Breve histórico sobre os rumos
do controle da hanseníase no Brasil e no Estado de São Paulo. Hansen Int [Internet]. 2008 [citado em 2013 Jun 10];33(2 Supl 1):39-44. Disponível em: http://www.ilsl.br/
revista/imageBank/936-2741-1-PB.pdf.
12 Savassi LCM. Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores [dissertação]. Belo Horizonte: Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz; 2010. 179 p.
13 BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 3125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as diretrizes para vigilância, atenção e controle da hanseníase. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 out. 2010. Seção 1, p.55.
14 Gonçalves, SD, Sampaio RF, Antunes CMF. Fatores preditivos de incapacidades em pacientes com hanseníase. Rev Saúde Pública [Internet]. 2009 [citado em 2014 Jun 08];43(2):267-74. Disponível em: http://www.scielosp. org/pdf/rsp/v43n2/119.pdf.
15 Souza FS, Almeida LNF, Costa JP, Rocha PV, Almeida EF Sobrinho. Frequência das alterações oftalmológicas em pacientes com hanseníase residentes em hospital-colônia. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2005 [citado em 2014 Maio 15];68(3):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492005000300017.
16 Leite VMC, Lima JWO, Gonçalves HS. Neuropatia silenciosa em portadores de hanseníase na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2011[citado em 2013 Jun 09];27(4):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
-311X2011000400005.
17 Dias RJO, Dias VL, Pedroso RP. Estigma e Mal de Hansen: avaliação de 237 pacientes asilados e hospitalizados na Casa de São Francisco de Assis, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, Bambuí, Brasil, de 1943 até 1998. Revista Médica de Minas Gerais [Internet]. 2008 [acesso em 2012 Mar 12];18(2):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://www.medicina.ufmg.br/rmmg/index.php/rmmg/article/view/4/3.
18 Belda W. Aspectos da hanseníase na área urbana do município de São Paulo, hanseníase indiferenciada, 1963-1977. Hansen Int [Internet]. 1981 [citado em 2014 Jun 28];6(1):23-50. Disponível em: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10251.
19 Helene LMF, Leão VM, Minakama MM. Perfis epidemiológicos e a avaliação de incapacidades físicas de hansenianos de uma UBS de São Paulo. Hansen Int [Internet]. 2001 [citado em 2012 Jan 10];26(1):5-13.Disponível em: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10600.
20 Finez MA, Salotti SPA. Identificação do grau de incapacidades em pacientes portadores de hanseníase através da avaliação neurológica simplificada. J Health Sci Inst [Internet]. 2011 [citado em 2014 Jul 18];29(3):171-5. Disponível em: http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2011/03_jul-set/V29_n3_2011_p171-175.pdf.
21 Pereira SVM, Bachion MM, Souza AGC, Vieira SMS. Avaliação da hanseníase: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem. Rev Bras Enferm [Internet]. 2008 [citado em 2013 Nov 04];61(Supl):774-780. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000700020.
22 Silva RA Sobrinho, Mathias TAF, Gomes EA, Lincoln PB. Avaliação do grau de incapacidade em hanseníase: uma estratégia para sensibilização e capacitação da equipe de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2007 [citado em 2013 Out 10];15(6):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000600011.
23 Ramos JMH, Souto FJD. Incapacidade pós-tratamento em pacientes hansenianos em Várzea Grande, Estado de Mato Grosso. Rev Soc Bras Med Trop [Internet]. 2010[citado em 2013 Abr 18];43(3):293-297. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000300016.
24 Raposo MT, Caminha AVQ, Heukelbach J, Sánchez--González MA, Medeiros JLA, Nemes MIB. Assessment of physical impairments in leprosy patients:a comparison between the World Health Organization (WHO) disability grade and the Eye-Hand-Foot score. Rev Inst Med Trop. São Paulo [Internet]. 2011 [citado em 2014 Out 15];53(2):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0036-46652011000200004.
25 Lanza FM, Cortez DN, Gontijo TL, Rodrigues JSJ. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Divinópolis, Minas Gerais. Rev Enferm UFSM [Internet]. 2012 [citado em 2014 Out 8];2(2):[aproximadamente 1 p.]. Disponível em:http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reufsm/article/view/5343/3761.
26 World Health Organization. Leprosy update, 2011. Wkly Epid Rec. 2011 Sept;36:389-400.

Esta revista tiene la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.