Gestação e hanseníase: uma associação de risco nos serviços de saúde
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Gravidez
Hansenías
Anticoncepção

Cómo citar

1.
Oliveira SG de, Tavares CM, Moura ERF, Trindade RFC da, Almeida AM, Bomfim E de O. Gestação e hanseníase: uma associação de risco nos serviços de saúde. Hansen. Int. [Internet]. 30 de junio de 2011 [citado 22 de noviembre de 2024];36(1):31-8. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35111

Resumen

Estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Teve por objetivos levantar aspectos sociodemográficos de um grupo de mulheres com hanseníase, em idade fértil; verificar características clínicas da hanseníase no mesmo grupo; e identificar risco de exposição de mulheres em tratamento de hanseníase a uma gestação, bem como a prática anticoncepcional destas. Os dados foram coletados em outubro de 2006, em um Centro de Referência em Dermatologia Sanitária, localizado em Fortaleza-CE. Participaram 80 mulheres portadoras de hanseníase, em idade fértil (30% do total das cadastradas no serviço). Foram excluídas mulheres histerectomizadas e menopausadas. Destas, 10 (12,5%) estavam na faixa etária da adolescência; 38 (47,5%) eram casadas ou viviam de forma consensual; 16 (20%) mantinham o desejo de conceber; 39 (48,8%) utilizavam métodos anticoncepcionais, sendo que 9 (23%) faziam sem a orientação de um profissional; e 66 (82,5%) desconheciam os efeitos da gestação na hanseníase. Oito (10%) manifestaram a hanseníase na gravidez, 32 (40%) apresentaram reações hansênicas e 4 (13%) fizeram uso de Talidomida (fármaco teratogênico em mulheres em idade fértil). Com base nos resultados encontrados podemos afirmar que mulheres portadoras de hanseníase em tratamento, ficam expostas a uma gravidez de alto risco,
aumentando as chances e a gravidade das reações hansênicas e das recidivas, o que deve ser amenizado pela atenção adequada em anticoncepção.

https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.35111
PDF (Português (Brasil))

Citas

1 Araujo M G. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop [artigo online] 2003 June [citado em 5 set 2009]; 36(3): 373-382.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000300010&lng=en&nrm=iso
2 Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
3 Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Guia para Utilização de Medicamentos e Imunobiológicos na Área de Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.
4 Ministério da Saúde. Núcleo de Epidemiologia. Boletim Epidemiológico da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.
5 Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Coordenadoria de Políticas em Saúde. Núcleo de Epidemiologia. Hanseníase: situação epidemiológica. Fortaleza; 2005.
6 Nogueira W. Hanseníase: controle de uma endemia secular em São Paulo. Rev Prática Hospitalar 2005 Jan/Fev; 7(57): 42-55.
7 Talhari S, Neves R G. Dermatologia Tropical. 3ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Tropical; 2006.
8 Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo (SP): Atlas; 1996.
9 Victora CG, Knauth DR, Hassen MNA. Pesquisa Qualitativa em Saúde: uma introdução ao tema. 2ª ed. Porto Alegre (RS): Tomo Editorial; 2000.
10 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Normas para pesquisa envolvendo seres humanos (Res. CNS no . 196/96 e outras) 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2003.
11 Cunha AZS. Hanseníase: aspectos da evolução do diagnóstico, tratamento e controle. Ciência e Saúde Coletiva 2002; 7(2): 235 - 242.
12 Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida (ABPST). O que é a talidomida [online] 2007 [acesso em 23 jun de 2008]. Disponível em: http://www.talidomida.org.br/oque.asp.
13 Oliveira MHP, Romanelli G. Os efeitos da hanseníase em homens e mulheres: um estudo de gênero. Cadernos de Saúde Pública 1998 Jan/Mar; 14(1): 51-60.
14 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.
15 Esquivel CB. Qualidade de vida em mulheres que foram atingidas pela hanseníase. Revista Multitemas 200 Mar; 25(3): 42-48.
16 Jopling WH, McDougall AC. Manual de Hanseníase. 4ª ed. São Paulo (SP): Atheneu; 1991.
17 Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
18 Helmer KA, Fleischfresser I, Kucharski-Esmanhoto LD, Fillus NJ, Santamaria JR. Fenômeno de Lúcio (eritema necrosante) na gestação. An. Bras. Dermatol. [artigo online]. 2004 Abr [citado em 27 set. de 2008] 79(2): 205-210. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000200009&lng=en.
19 Fitzpatrick TB, Eisen AZ, Wolff K, Freedberg IM, Austen KF. Tratado de Dermatologia. 5ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Revinter; 2005.

Esta revista tiene la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.