Lepra para hanseníase: a visão do portador sobre a mudança de terminologia
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

hanseníase
preconceito
terminologia

Cómo citar

1.
Femina LL, Soler ACP, Nardi SMT, Paschoal VD. Lepra para hanseníase: a visão do portador sobre a mudança de terminologia. Hansen. Int. [Internet]. 30 de junio de 2007 [citado 22 de noviembre de 2024];32(1):37-48. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35192

Resumen

A hanseníase, doença milenar, foi motivo de exclusão compulsória dos entrevistados ao convívio social. Atualmente sua cura é possível, a falta de informação existe e o preconceito ainda é um problema grave. Medidas foram tomadas na tentativa de diminuir o estigma, como a Lei nº 9.010/95, que oficializou a mudança no uso do termo lepra para hanseníase. Este trabalho objetivou investigar as mudanças sob o prisma das pessoas que têm ou tiveram hanseníase. Foi aplicado protocolo próprio contendo perguntas fechadas em 50 entrevistados. A análise estatística foi descritiva, com cálculos percentuais simples e cruzamento de variáveis. Os resultados revelaram que houve predomínio de casados (56%), aposentados (30%) e assalariados (20%); com ensino fundamental incompleto (46%). Dos 64% que conheciam outra terminologia para hanseníase, 93,8% citaram o termo lepra e 90% sabiam do preconceito histórico; 63% julgavam que a mudança do nome pode ter diminuído o preconceito e 76,7% achavam que as pessoas sabiam que a hanseníase era antiga lepra, tanto que ao comentar sobre a doença, a maioria (60%) logo referia o termo à lepra. O medo sob seus vários aspectos, atingiu 50% dos entrevistados. Salientamos a falta de informação em relação a formas de transmissão, instalação de deficiências e tratamento. O passado histórico ainda exerce influência apesar da mudança do nome, pacientes enfrentam preconceitos no meio social, pela associação com termo lepra. A dificuldade no entendimento dos conceitos pode ser uma das causas do estigma. Inferimos que a mudança do termo não foi capaz de eliminar preconceitos.

https://doi.org/10.47878/hi.2007.v32.35192
PDF (Português (Brasil))

Citas

1- Ministério da Saúde (BR). Guia de controle da hanseníase. 3 nded. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 1994. p.11-3.
2- Ministério da Saúde (BR). Hanseníase. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. disponível em: http://www.ministerio.saude.
bvs.br/html/pt/dicas/61hanseniase.html.
3- Hastings RC. Leprosy: medicine in the tropics series. London: Churchill Livingstone; 1985.
4- World Health Organization. Leprosy; 1999.
5- World Health Organization. Leprosy; 2002.
6- Secretaria de Estado da Saúde (SP). Centro de Vigilância Epidemiológica. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde. disponível em: http: //www.cve.saude.sp.gov.br.
7- Pereira A. Um mal da idade média. Disponível em: http://www.unifesp.br/comunicacao/sp/ed12/hanseniase.htm.
8- Dispõe sobre a terminologia oficial relativa à hanseníase e dá outras providências. Lei 9.010 (March 29, 2005). Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9010.htm.
9 - Cunha A Z S. Hanseníase: aspectos da evolução do diagnóstico, tratamento e controle. Cadernos de Saúde Coletiva 2002; 7(2):242-5.
10- Mattos D M, Fornazari S K. A lepra no Brasil: representações e práticas de poder. Cadernos de Ética e Filosofia Política 2005; (6):45-57.
11- Santos V S M. Pesquisa documental sobre a história da hanseníase no Brasil. Hist. cienc. saude-Manguinhos 2003;10 Suppl1.
12 - ARAUJO, MG. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba-MG, v. 36, n. 3, p. 373-382, 2003.
13- www.morhan.org.br. Rio de Janeiro: MORHAN - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Disponível em: http://www.morhan.org.br.
14- Monteiro M PA. Incapacidades físicas em pacientes com hanseníase acompanhados pelas equipes de saúde da família da zona urbana de sobral ceará. Monografia apresentada à Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia para obtenção parcial de especialista em Saúde da Família, Sobral, Ceará. 2004.

Esta revista tiene la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.