Resumen
Trata-se de um estudo descritivo que caracterizou a situação e a resposta dos serviços de saúde (SS) a este problema no Distrito de Saúde (DS) do Butantã (SP). Teve como objeto de estudo a implantação do Programa de Controle da Hanseníase (PCHP). Os dados de prevalência e incidência da doença foram obtidos em registros oficiais do SUS-São Paulo. A resposta dos SS foi avaliada através de formulário aplicado nas Unidades de Saúde (US) do DS Butantã. Os dados obtidos evidenciam que, em 1995, esta região respondeu pela menor freqüência de casos novos e pelo menor número de pacientes em registro ativo entre os 8 antigos Escritórios Regionais de Saúde do SUS-SP, a maioria submetida ao tratamento com PQT. Porém, respondeu pela maior proporção de pacientes com alta estatística, com o agravo de que grupo clínico predominante era dos Multibacilares (MB). As US, em 1996, não tinham implantado o PCH ou o tinham desativado, o que explica a dispersão da demanda, em equipamentos de saúde fora do DS Butantã. Os autores discutem a necessidade de se repensar o controle da hanseníase na região, tomando como referência as implicações da implantação do modelo neo-liberal na política pública de saúde, advogando a primazia do setor público no controle da hanseníase.
Citas
implementação. Hansen. Int, v.19, n.2, p. 11-8, 1994.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde. Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Controle da Hanseníase: uma proposta de integração ensino-serviço. Brasilia, 1989.
BRASIL Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Guia de controle da hanseníase, Brasilia, 1994.
BRASIL, Ministério da Saúde. Avaliação Nacional do programa de controle e eliminação da hanseníase. Indicadores Epidemiológicos e operacionais segundo macrorregiões e unidades federadas do ano de 1995. 1996/mimeografado.
BUSS, P.M. (org.) Sistemas de Saúde: continuidade e mudanças. São Paulo, Hucitec, 1995, p.61-101.
COHN, A. Mudanças econômicas e políticas de saúde no Brasil. IN: LAURELL, A.C.(org.) Estado e políticas sociais no neoliberalismo. São Paulo, Cortez, p.225-44, 1995.
COHN, A.; ELIAS, P.E. Saúde no Brasil: políticas e organização de serviços. São Paulo, Cortez, 1996.
COSTA, H. C. et al. Prevalência de sulfono resistência em pacientes hansenianos do Município de Bauru, Estado de São Paulo. Hansen. Int., v.18, n.1/2, p. 05-10, 1993.
ESCRIVÃO Junior, A. As práticas de controle das doenças transmissíveis: a questão da hepatite por virus no Estado de São Paulo.
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. São Paulo, 241p., 1985.
FERREIRA, J. Vigilância Epidemiológica em Hanseníase. IN: LOMBARDI, C. et al Hanseníase: epidemiologia e controle. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, p.33-62, 1990.
GONÇALVES, R.B.M. Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na
rede estadual de centros de saúde de São Paulo, Global, 1983, p.135-57.
KANEKO, K.A. et al. Casos novos de hanseniase na região de São Carlos, SP, de 1983 a 1988. Hansen. Int., v.15, n.1-2, p.05-15, 1990.
LANA, F.C.F. Organização tecnológica do trabalho em hanseniase com a introdução da poliquimioterapia Ribeirão Preto, 1992, 217p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Enfermagem, Universidade de São Paulo.
LAURELL, A.C. (Org.) Estado e políticas sociais no neoliberalismo. São Paulo, Cortez, 1995.
LOMBARDI, C. et al. Hanseníase: epidemiologia e controle. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1990.
MAURANO, F. História da lepra em São Paulo. São Paulo, Serviço de Profilaxia da Lepra, 1939.
MENDES, E.V. (org.) Distrito sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. São Paulo, Hucitec/Abrasco, 1993.
MENDES, E.V. A construção social da vigilância à saúde no distrito sanitário. IN: MENDES, E.V. (org). A vigilância à saúde no distrito
Sanitário. Brasilia, OPAS/OMS, 1994
MERHY, E. E. O capitalismo e a saúde pública: a emergência das práticas sanitárias no estado de São Paulo. Campinas - SP, Papirus, 1987.
MONTEIRO,Y.N. Hanseníase: histórico e poder no Estado de São Paulo. Hansen. Int., v.12, n.1, p.1-7, 1987.
NEMES, M.I.B. A Hanseníase e as práticas sanitárias em São Paulo: 10 anos de SubPrograma de Controle da Hanseníase na Secretaria de Estado da Saúde (1977-87). São Paulo, 1989. 194p. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
NOGUEIRA, W. Perspectivas de eliminação da hanseniase. Hansen. Int., v.20, n.1, p.19-28, 1995.
NOGUEIRA, W. Abandono ameaça controle de hanseníase na Capital. DEBATE SAÚDE Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos de São Paulo, Sindicato dos Servidores Públicos Municipals de São Paulo e Federação Nacional dos Médicos. São Paulo, n.10, julho/1996.
OLIVEIRA, M.L.W. de Controle da hanseníase. IN: LOMBARDI, C. et al Hanseníase: epidemiologia e controle. São Paulo. Imprensa Oficial do Estado, p. 71-82, 1990.
OPROMOLA, D.V.A. et al Resistência medicamentosa múltipla secundária na hanseniase. Hansen. Int., v.18, n.1/2, p.11-6, 1993.
PAS O PAS não investe em pacientes caros. Prevenção de doenças está fora do Plano DEBATE SAÚDE Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos de São Paulo, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo e Federação Nacional dos Médicos. São Paulo, n.6, abriV1996.
PENTOILHO, E.C. et al Poliquimioterapia da hanseníase: a implantação na unidade de saúde de São Carlos -SR. Brasília, R. Bras.
Enferm., v.47, n.2, p.124-33, abr./jun. 1994.
QUEIROZ, V.M. de et al. Contribuição para intervenção em perfis epidemiológicos de grupos homogêneos que ocupam a área de
abrangência do Hospital Universitário: morbidade referida nas famílias do Distrito de Saúde do Butantã e da UBS Vila Nova Jaguaré e a relação com suas formas de trabalhar e de viver. São Paulo, 1996/mimeografado/
QUEIROZ, V.M. de; SALUM, M.J.L. O Processo de Produção de Serviços de Saúde num Sistema Local de Saúde. São Paulo, s/d
/mimeografado.
ROTBERG, A. Noções de hansenologia. São Paulo, Fundação Paulista contra a hanseníase, 1977.
SABROZA, P. et al Doenças transmissíveis: ainda um desafio. IN: MINAYO, M.C.S. (org) Os muitos Brasis: saúde e população na
década de 80. Rio de Janeiro, ABRASCO, 1995, p.177-244.
SÃO PAULO (Cidade) Leis etc. Lei n°11.866, de 13 de setembro de 1996. Instituiu o "Plano de Atendimento à Saúde- PAS", e dá outras providências. Diário Oficial do Município, São Paulo, 14 set., 1995, p.1 (a).SÃO PAULO (Cidade) Secretaria de Administração Regional. Equipamentos e recursos das micro-regiões: Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Vila Sonia. São Paulo, 1993 (c).
SÃO PAULO (Cidade) Secretaria Municipal da Saúde Administração Regional de Saúde (ARS-2). Plano de ação: documento preliminar. São Paulo, 1993 (b).
SÃO PAULO (ESTADO) Secretaria de Estado da Saúde Programa de Controle da Hanseníase. Instruções normativas para as ações de controle da hanseníase. São Paulo, CADAIS, 1989.
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Planilha dos pacientes com hanseníase. São Paulo, 1996.
SOARES, L.T.R. Ajuste neoliberal e desajuste social na América Latina. Campinas -S.P., 1995. 446p. Tese (Doutorado)-Universidade Estadual de Campinas.
TANAKA, O.Y. et al. A Municipalização dos serviços de saúde no Estado de São Paulo. Saúde Deb., n.33, p.73-9, 1991.
TEIXEIRA, S.F. et al Reforma sanitária: em busca de uma teoria. São Paulo, Cortez, 1989.
VIRMOND, M. A hanseníase como doença de baixa prevalência. Hansen. int, v.20, n.2, p.27-35, 1995
ZAMBON, V.D. et al Avaliação epidemiológica e operacional do programa de controle da hanseníase na região de São Carlos - SP.
no período de 1983/1988. Brasília, R. Bras. Enferm., v.43, n. 1,2,3/4, p. 88-95, 1990.
Esta revista tiene la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.