Histopatologia da reação de mitsuda em adultos sadios nao comunicantes de hansenianos
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Reação de Mitsuda
Histopatologia

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1.
Michalany NS, Michalany J. Histopatologia da reação de mitsuda em adultos sadios nao comunicantes de hansenianos. Hansen. Int. [Internet]. 30 de noviembre de 1983 [citado 23 de noviembre de 2024];8(2):105-23. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36136

Resumen

Estudo pormenorizado da histopatologia da reação de Mitsuda em 100 adultos sadios não comunicantes de hansenianos, inoculados com a lepromina A (armadillo). Verificou-se que a estrutura histológica da reação de Mitsuda com a lepromina integral A não difere daquela observada com a lepromina integral H. Não há também diferenças entre o quadro histológico da reação nos indivíduos sadios não comunicantes de hansenianos e aquele observado tanto em hansenianos tuberculóides quanto em indivíduos sadios comunicantes. A reação de Mitsuda nos adultos sadios não comunicantes de hansenianos apresenta variações de graduação histológica — Classes O (—) ± II (+) ((+) III (+ +)IV (+++) — desde ausência de reação com baciloscopia positiva (Classe O) até a formação de granuloma tuberculóide completo com baciloscopia negativa (Classe IV). Em 97% dos casos a reação foi positiva, predominando a classe III (42%), representada por granuloma tuberculóide incompleto, isto é, formado por células epitelióides e halo linfocitário, com arranjo folicular. Os achados desta pesquisa comprovam, mais uma vez, que a eficiência do resultado da reação de Mitsuda depende fundamentalmente do exame histológico, tanto que apenas em 16 casos houve igualdade de resultado entre a leitura clínica e a histológica. A discordância nos 84 casos restantes foi atribuída às alterações secundárias (necrose e supuração), associadas à reação granulomatosa do teste positivo. Esses achados demonstram também que a estrutura histológica da reação de Mitsuda segue à lei de Jadassohn-Lewandowsky e que está de acordo com o conceito  morfológico e classificação dos granulomas polares proposto por Michalany & Michalany.

https://doi.org/10.47878/hi.1983.v8.36136
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