Perfil clínico-epidemiológico de pacientes que abandonaram o tratamento de hanseníase
DOI:
https://doi.org/10.47878/hi.2014.v39.36185Palabras clave:
Hanseníase, Epidemiologia, Suspensão de TratamentoResumen
O controle da hanseníase depende de um tratamento com a dose completa em até 18 meses, o abandono implica na transmissão e em quadros de incapacidade física. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa foi identificar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes que abandonaram o tratamento de hanseníase em Teresina-PI. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de natureza descritiva, transversal, com abordagem quantitativa. Os dados referentes a esses indivíduos nas coortes de 2011 a 2014 foram obtidos por meio do Sistema de Informações de Agravos de Notificação. RESULTADOS: Do total de 1770 casos de hanseníase notificados nesse período, 34 casos foram considerados abandono de tratamento. Verificou-se que 54,9% eram homens, 79,5% estavam na faixa etária de 15 a 59 anos, 68% eram pardos e 59% tinham até 3 anos de escolaridade . A maioria dos casos de abandono era pacientes multibacilares (61,8%) e 32% apresentava a forma dimorfa. A maior parte dos diagnósticos deu-se por demanda espontânea (55,8%). No momento do diagnóstico, 29,4% dos pacientes possuía algum grau de incapacidade física. Pacientes multibacilares tiveram uma média de 3,6 contatos, sendo que cerca da metade foram examinados. Com relação à suspensão da poliquimioterapia, observa-se que paucibacilares tomaram 1,84 doses, enquanto multibacilares, 6,94 doses. CONCLUSÃO: Os multibacilares apresentaram menor adesão ao tratamento, evidenciando maior risco de transmissão. Fazem-se necessárias campanhas de detecção da doença, para evitar sua evolução e as consequentes incapacidades físicas, e ainda reduzir possibilidade de transmissão entre contatos.
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