Resumen
O objetivo deste estudo exploratório, descritivo, retrospectivo, realizado no Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, SP, no período de 01/09/01 a 31/08/03, foi identificar os diagnósticos de enfermagem freqüentes em pacientes afetados pela hanseníase, baseados na Classificação de Diagnósticos de Enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association. A amostra foi constituída de 51 prontuários nos quais foram identificados 10 diagnósticos de enfermagem, sendo eles: 100% Risco para infecção, Integridade da pele prejudicada, Risco para integridade da pele prejudicada, Risco para trauma; 98,03% Risco para solidão; 96,07% Isolamento Social e Risco para Constipação; 94,11% Dor; 90,19 % Nutrição alterada menos que as necessidades corporais e 88,23% Dentição alterada. Concluí-se que estes dez diagnósticos de enfermagem fazem parte dos padrões mínimos de assistência de enfermagem para pacientes afetados pela hanseníase. Também foram encontrados diagnósticos de enfermagem específicos, que individualizam a assistência de enfermagem a estes pacientes, e acrescentados ao impresso dos padrões mínimos. São eles: Integridade tissular prejudicada (50,00%), Mobilidade física prejudicada (33,33%), Risco para síndrome do desuso (19,04%), Déficit para o autocuidado e Proteção ineficaz (11,90%).
Citas
2. Cristofolini L. Assistência de enfermagem na hanseníase. Salusvita 1985; 4(1): 1-9.
3. Ministério da Saúde (BR). Plano de eliminação da hanseníase no Brasil. Brasília(DF); 2002.
4. Kawamoto EE. Enfermagem comunitária. São Paulo: EPU; 1995.
5. North American Nursing Diagnoses Association NANDA. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2005-2006. Trad. Cristina Correia. Porto Alegre: Artmed; 2006.
6. Maria VLR, Martins I, Peixoto MSP. Exame Clínico de Enfermagem do Adulto. Focos de atenção psicobiológicos como subsídios para o Diagnóstico de Enfermagem. São Paulo: Iatria; 2003.
7. Maria VLR. Elaboração de diagnósticos de enfermagem do paciente coronariano em estado crítico.[tese de doutorado].São Paulo: Escola de Enfermagem da USP; 1997.
8. Barros ALBL. O trabalho do docente assistencial de enfermagem no Hospital São Paulo da UNIFESP/EPM. [tese de doutorado]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo; 1998.
9. Guimarães HCQCP, Salotti AS, Galan NG, Bassoli SRB. Nursing diagnosis in adult patients of dermatological clinic. In: NANDA, NIC, NOC 2002, Philadelphia. 2002.
10. Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas; 1998.
11. Hess CT. Tratamento de feridas e úlceras. 4 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso; 2002.
12. Tiago F. Feridas: etiologia e tratamento. 2 ed. São Paulo: FAEPA; 1995.
13. Oda RM. Manual de normas, rotinas e técnicas de curativos do Instituto Lauro de Souza Lima. Bauru: Centro de estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2004.
14. Opromolla DVA, Cruz O. Prevenção de incapacidade física na hanseníase: técnicas simples. Bauru: Hospital Lauro de Souza Lima; 1978.
15. Cristofolini L. Aspectos da assistência de enfermagem na hanseníase: Prevenção da úlcera plantar. [dissertação de mestrado]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 1980.
16. Teixeira PF. Proposta de um instrumento para validação do diagnóstico de enfermagem: risco para constipação. [Monografia]. São Paulo: Curso de Residência Cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; 1999.
17. Constanzo LS. Fisiologia gastrointestinal. In: Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999.
18. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Política de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de Prevenção de Incapacidades. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
19. Jesus CAC, Carvalho EC. Diagnósticos de enfermagem em clientes com alterações hematológicas: uso da taxonomia I da NANDA. Rev Latino-am enfermagem out 1997; 5(4): 91-9.
20. Vieira VB, Patine FS, Paschoal VDA, Brandão VZ. Sistematização da assistência de enfermagem em um ambulatório de hanseníase: um estudo de caso. Arq Cienc saúde abr-jun 2004; 11(2): 2-9.
21. Oliveira TC, Araújo TL, Melo EM, Almeida DV. Avaliação do processo adaptativo de um idoso portador de hipertensão arterial. Rev Latino-am Enfermagem jul-ago 2002; 10(4): 530-6.
22. Bachion MM, Araújo LAO, Santana RF. Validação de conteúdo do diagnóstico de enfermagem mobilidade física prejudicada em idosos: uma contribuição. Acta Paul Enf out-dez 2002; 15(4): 67-72.
23. Araújo LAO, Santana RF, Bachion MM. Mobilidade física prejudicada em idosos: fatores relacionados e características definidoras. Rev Bras Enferm jan-fev 2002; 55(1): 19-25.
24. Aquino TP, Sanna MC. Assistência de enfermagem no pós-transplante de medula óssea na Leucemia Linfocítica Aguda na infância. Rev Paul Enf 2003; 22(1): 100-7.
25. Carpenito LJ. Diagnóstico de enfermagem: aplicação à prática clínica. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997.
26. Galdeano LE, Rossi LA, Nobre LF, Ignacio DS. Diagnósticos de enfermagem de pacientes no período transoperatório de cirurgia. Rev Latino-am enfermagem mar-abr 2003; 11(2): 199-206.
27. Carmagnani MIS, Cunha ICKO, Behlau MS. Diagnósticos de enfermagem em pacientes submetidos a laringectomia. Rev Paul Enf jan-abr 2003; 22(1): 51-61.
28. Bassoli SRB. Identificação dos diagnósticos de enfermagem em uma clínica dermatológica. [dissertação de mestrado]. São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Ciências, Coordenadoria de Controle de Doenças, Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo; 2005.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.