A hanseníase como doença de baixa prevalência

Autores

  • Marcos Virmond PqC IV. Divisão de Pesquisa e Ensino. Instituto Lauro de Souza Lima. Bauru -SP

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1995.v20.36486

Palavras-chave:

baixa-prevalência, Prevenção de Incapacidades, Programas de controle

Resumo

Devido os rápidos avanços no controle da hanseníase obtidos pela introdução da PQT e as positivas modificações que ocorreram nos serviços de saúde, a hanseníase encontra-se em franco declínio de prevalência, permitindo que se tome, nos países endêmicos, uma doença de baixa prevalência no próximos 10 anos. Nesta fase, os elementos de um programa de controle deverão ser modificados ou ter sua prioridade revista. A manutenção de serviços de diagnostico e tratamento, a supervisão, e um atento sistema de vigilância epidemiológica serão fundamentais. Importante o apoio aos Centros de Referência para que se mantenham como reserva de conhecimentos e atuem no desenvolvimento de pesquisas ainda necessárias. A prevenção de incapacidades e a reabilitação assumem papel preponderante, uma vez que nesta fase a hanseníase devera voltar a ser considerada como doença de potencial incapacitante, haverá maior disponibilidade de recursos humanos e materiais para atender uma demanda importante e que não pode ser ignorada. Discute-se também, baseados em dados da literatura, uma estimativa para a magnitude do problema e sugere-se a introdução de novos indicadores.

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Publicado

30-11-1995

Como Citar

1.
Virmond M. A hanseníase como doença de baixa prevalência. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1995 [citado 30º de abril de 2024];20(2):27-35. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36486

Edição

Seção

Artigos originais