Estudo clínico, epidemiológico e imunológico para Leishmaniose Tegumentar Americana em centro de referencia em dermatologia

Autores

  • Fernanda Freitas de Brito Medicas do 3º ano do Programa de Residência em Dermatologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru.
  • Ana Cecilia Versiane Duarte Pinto Medicas do 3º ano do Programa de Residência em Dermatologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru.
  • Maria Lopes Lamenha Lins Cavalcante Medicas do 3º ano do Programa de Residência em Dermatologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru.
  • Gardênia Viana da Silva Medica 2º ano do Programa de Especialização em Dermatologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru.
  • Patrick Alexander Wachholz Departamento de Saúde Pública, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP - Universidade Estadual Paulista, Botucatu -Sao Paulo – Brazil.
  • Dejair Caitano do Nascimento Pesquisador Científico, Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru - Sao Paulo - Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2015.v40.35004

Palavras-chave:

Leishmaniose, Epidemiologia, Diagnóstico, Imunofluorescencia indireta, Reação de Montenegro

Resumo

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, causada por protozoários do gênero Leishmania. É uma das doenças infectoparasitárias mais incidentes no mundo. No presente trabalho realizou-se um estudo transversal retrospectivo das características clínicas, epidemiológicas e imunológicas de portadores de Leishmaniose Tegumentar Americana. Foram utilizados prontuários de 34 pacientes com diagnóstico de LTA. A análise estatística foi realizada pelo Teste de Spearman. O sexo masculino foi acometido em 68% e o feminino 32%. A idade variou de 1 a 92 anos. A forma cutânea localizada ocorreu em 79,5%, sendo as úlceras a forma clínica mais comum (56%). Principal área acometida foi face (44%). O tempo para o diagnóstico foi menor que 10 meses em 68% dos indivíduos. Intradermorreação de Montenegro (IDRM) foi realizada em 29 pacientes, com positividade em 89,6% e a imunofluorescência indireta (IFI) em apenas 16 pacientes, sendo positiva em 13. A idade e o tempo de evolução da doença apresentaram associação significativa com IDRM. Entretanto não foi observada associação da IFI com a idade do paciente e o tempo de doença, pelo teste de Spearman. O tratamento foi realizado na maioria dos casos com glucantime (71%), seguido de pentamidina (17%). Os resultados evidenciam que os exames sorológicos constituem uma ferramenta auxiliar e a correlação com achados clínicos e histopatológicos são imprescindíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Atlas de leishmaniose tegumentar americana: diagnósticos clínico e diferencial. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
2 Goto H, Lindoso JA. Current diagnosis and treatment of cutaneous and mucocutaneous leishmaniasis. Expert Rev Anti Infect Ther. 2010 Apr;8(4):419-33.
3 Costa SM, Cechinel M, Bandeira V, Zannuncio JC, Lainson R, Rangel EF. Lutzomyia (Nyssomyia) whitmanis.l. (Antunes & Coutinho, 1939) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae): geographical distribution and the epidemiology of American cutaneous leishmaniasis in Brazil: mini-review. MemInst Oswaldo Cruz. 2007 May;102(2):149-53.
4 Salomón OD, Acardi SA, Liotta DJ, Fernández MS, Lestani E, López D, et al. Epidemiological aspects of cutaneous leishmaniasis in the Iguazú falls area of Argentina. Acta Trop. 2009 Jan;109(1):5-11.
5 Desjeux P. Leishmaniasis: current situation and new perspectives. Comp Immunol Microbiol Infect Dis. 2004 Sept;27(5):305-18.
6 Murback ND, Hans GFilho, Nascimento RA, Nakazato KR, Dorval ME. American cutaneous leishmaniasis: clinical, epidemiological and laboratory studies conducted at a university teaching hospital in Campo Grande, MatoGrosso do Sul, Brazil. AnBrasDermatol. 2011 Jan-Feb;86(1):55-63.
7 Gontijo B, Carvalho MLR. American cutaneous leishmaniasis. Rev SocBrasMed Trop. 2003 Jan--Feb;36(1):71-80.
8 Lessa MM, Lessa HA, Castro TW, Oliveira A, Scherifer A, Machado P, et al. Mucosal leishmaniasis: epidemiological and clinical aspects. Braz J Otorhinolaryngol. 2007 Nov-Dec;73(6):843-7.
9 Martins ALGP, Barreto JA, Lauris JRP, Martins ACGP.American tegumentary leishmaniasis: correlations among immunological, histopathological and clinical parameters. An Bras Dermatol. 2014;89(1):52-8.
10 Silva LMR, Cunha PR. Urbanization of American Cutaneous Leishmaniasis in Campinas - Sao Paulo (SP) and region: problems and challenges. An Bras Dermatol. 2007 Nov-Dec;82(6):515-9.
11 Castro EA, Soccol VT, Membrive N, Luz E. Epidemiological and clinical study of 332 cases of cutaneous leishmaniasis in the north of Parana State from 1993 to 1998. Rev Soc Bras Med Trop. 2002;35(5):445-52.
12 Holcman MM, Sampaio SMP, Rangel O, Casanova C. Spatial and seasonal distribution of Lutzomyialongipalpisin Dracena, a city in the western region of the State of São Paulo, Brazil, that is endemic with visceral leishmaniasis. Rev Soc Bras Med Trop. 2013;46(6):704-12.
13 Fernandes LC. Leishmaniose cutâneo-mucosa em Nioaque – MS: aspectos clínicos e epidemiológicos. Folha Med. 1990Ago;101(2):93-5.
14 Guerra JAO, Maciel MG, GuerraMVF,Talhari, AC, Prestes SR, Fernandes MA, et al. Tegumentaryleishmaniasis in the State of
mazonas: what have we learned and what do we need? 2015;48(Suppl I):12-9.
15 Reis LC, Brito MEF, Almeida EL, Félix SM, Medeiros ACR, Silva CJ, et al. Clinical, epidemiological and laboratory aspects of patients with American cutaneous leishmaniasis in the State of Pernambuco. Rev Soc Bras Med Trop. 2008;41(5);439-43.
16 Sadeghian G, Momeni A, Siadat AH, Yousefi P. Evaluation of leishmania skin test and its relationship with the clinical form and duration of cutaneous leishmaniasis. Dermatol Online J. 2006 Dec 10;12(7):3.
17 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com a co-infecçãoLeishmania-HIV. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
18 Labrada M, Weigle K, Valderrama L, Saravia NG. Evaluation of immunoglobinisotype specific to Leishmania in tegumentary American leishmaniasis. MemInst Oswaldo Cruz. 1989 July-Sept; 84(3): 409-16.
19 Ministério da Saúde (BR). Leishmaniose Tegumentar Americana. In: Ministério da Saúde. Guia de Vigilância epidemiológica. 6ª ed. Brasília: Secretaria deVigilância em Saúde; 2005.p. 444-66.

Downloads

Publicado

30-06-2015

Como Citar

1.
Brito FF de, Pinto ACVD, Cavalcante MLLL, Silva GV da, Wachholz PA, Nascimento DC do. Estudo clínico, epidemiológico e imunológico para Leishmaniose Tegumentar Americana em centro de referencia em dermatologia. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2015 [citado 28º de março de 2024];40(1):17-24. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35004

Edição

Seção

Artigos de investigação científica

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)