Palavras-chave
hanseníase
existencialismo
saúde pública
existencialismo
saúde pública
Como Citar
1.
Martins AM, Savassi LCM, Almeida SSL de, Modena CM. Privação e padecimento: uma compreensão existencial do ser frente à Hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2012 [citado 22º de novembro de 2024];37(1):59-67. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35087
Resumo
Este estudo teve como objetivo compreender a experiência de privação e padecimento em pessoas que vivenciaram o processo de isolamento compulsório por hanseníase. Na perspectiva da Pesquisa Qualitativa e da Fenomenologia Existencial foram realizadas entrevistas narrativas com 06 pessoas, de ambos os sexos, que vivenciaram o processo de asilamento em um hospital colônia no estado de Minas Gerais. O discurso dos entrevistados revela que a hanseníase levou a uma ruptura no projeto existencial dos sujeitos, restringindo a liberdade do Dasein e substituindo o seu mundo próprio e familiar por outro marcado pela dor, privação e sofrimento. O estigma da doença dificultou a reinserção social, de modo que mesmo após a esinstitucionalização os entrevistados permaneceram na colônia. Apesar do sofrimento, os participantes construíram novas formas de enfrentamento e ainda novos significados à existência e ao padecimento.
Referências
1 Ayres JR. Organização das ações de atenção à saúde: modelos e práticas. Saúde e Sociedade (USP. Impresso) 2009, 18(sup.2): 11-23
2 Gomes AMA, Paiva ES, Valdés MTM, Frota MA, Albuquerque CM. Fenomenologia, humanização e promoção da saúde: uma proposta de articulação. Saúde & Sociedade 2008; 17(1): 143-152.
3 Ayres JRCM. Uma concepção hermenêutica de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva 2007; 17(1): 43-62.
4 Anéas TV, Ayres JRCM. Significados e sentidos das práticas de saúde: a ontologia fundamental e a reconstrução do cuidado em saúde. Interface (Botucatu. Impresso) 2011; 15(38): 651-662.
5 Heidegger M. Ser e tempo. Parte I. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. 12ª ed. São Paulo (SP): Vozes; 2002.
6 Nogueira RP. Os fenômenos humanos da saúde. Editora FIOCRUZ; 2011.
7 Heidegger, M. (Editado por Medard Boss), Seminários de Zollikon. (Seminário de 8 de setembro de 1959). Petrópolis, RJ: Vozes; 2001.
8 Nogueira RP. Estresse e padecimento: uma interpretação de acordo com Heidegger. Interface. Comunicação, Saúde e Educação 2008; 12(25): 283-293.
9 Olivieri DP. O ser doente. São Paulo: Moraes; 1985.
10 Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil 2008. Brasília: MS/SVS; 2008.
11 Claro LBL. Hanseníase: representações sobre a doença. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1995.12 Eidt LM Ser hanseniano: sentimentos e vivências. Hansenologia Internationalis 2004; 29(1): 21-27.
13 Monteiro YN. Profilaxia e exclusão: o isolamento compulsório dos hansenianos em São Paulo. Hist. Cienc. Saude--Manguinhos 2003; 10(suppl.1): 95-121.
14 Santos LAC, Faria L., Menezes RF. Contrapontos da história da hanseníase no Brasil: cenários de estigma e confinamento. Revista Brasileira de Estudos Populacionais 2008; 25(1): 167-190.
15 Agrícola E. A lepra no Brasil (Resumo histórico). In: Brasil, Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Saúde. Serviço Nacional de Leprologia. Manual de Leprologia Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Leprologia; 1960.
16 Savassi LM. Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores. [Mestrado]. Belo Horizonte: Fundação Oswaldo Cruz; 2010.
17 Morhan, Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Colônia Santa Isabel: do estigma à socialização. Betim (MG): MORHAN; 2006.
18 Guerra AMC, Moreira JO, Diniz BG. Clínica e Inclusão Social: novos arranjos subjetivos e novas formas de intervenção. Belo Horizonte: Edições do Campo Social; 2002.
19 Dias RC, Pedrazzani ES. Políticas Públicas na hanseníase: contribuições na redução da exclusão social. Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61(esp): 753-756.
20 Bailardi KS. O estigma da hanseníase: relato de uma experiência em grupo com pessoas portadoras. Hansenologia Internationalis 2007; 32(1): 27-36.
21 Sá AMM, Paz EPA. O cotidiano de ser hanseniano: um estudo de enfermagem. Hansenologia Internationalis 2007; 32(1): 49-55.
22 Nations MK, Lira GV, Catrib AMF. Stigma, deforming metaphors and patients’ moral experience of multibacillary leprosy in Sobral, Ceará State, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 2009; 25(6): 1215-1224.
23 Nunes JM, Oliveira EM, Vieira NFC. Hanseníase: conhecimentos e mudanças na vida das pessoas acometidas. Ciência & Saúde Coletiva 2011; 16(supl.1): 1311-1318.
24 Flick U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2009.
25 Heidegger M. Todos nós... ninguém: um enfoque fenomenológico do social. São Paulo: Morales; 1981.
26 Amatuzzi MM. Psicologia Fenomenológica: uma aproximação teórica humanista. Estudos de Psicologia (Campinas) 2009; 26(1): 93-100.
27 Bruns MAT, Holanda AF. Psicologia e Pesquisa Fenomenológica: Reflexões e Perspectivas; 2003.
28 Boti NCL, Aquino KA. A Via Sacra da Hanseníase de Veganin. Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61(esp): 676-6781.
29 Silva RCP, Lopes A, Guisard, CLMP, Peixoto ES, Metello HN, Ito LS, et al. História de vida e trabalho de pessoas atingidas pela hanseníase em serviços de saúde do Estado de São Paulo. Hansenologia Internatiolanallis, 2008; 33(1): 9-18.
30 Brasil, Ministério da Saúde. Portaria Nº 816 de 26 de julho de 2000. DOU – 144 E
31 – página 26 – Seção 1 de 27 de julho 2000.
32 Martins PV, Capomi S. Hanseníase, exclusão e preconceito: histórias de vida de mulheres em Santa Catarina. Ciência & Saúde Coletiva 2010; 15(Supl.1): 1047-1054.
33 Goffman E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade. 4ª Ed. Rio de Janeiro: LTC; 2008.
34 Cavalieri IAL, Grynszpan D. Fábrica de imaginário, usina de estigmas: conhecimentos e crenças de uma comunidade escolar sobre hanseníase. Cadernos de Saúde Coletiva 2008; 16(2): 345-362.
35 Corrigan PW, Watson, AC. The paradox of self-stigma and mental illness. Clinical Psychology: Science and Practice 2001; 9(1): 35-53.
36 Frankl VE. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Vozes; 2006.
37 Borges VT. Casamento, maternidade e viuvez: memórias de mulheres hansenianas. Revista Brasileira de História 2007; 27(54): 109-125.
38 Mellagi AG, Monteiro YN. O imaginário religioso de pacientes de hanseníase: um estudo comparativo entre ex-internos dos asilos de São Paulo e atuais portadores de hanseníase. Hist. Ciênc. Saúde – Manguinhos 2009; 16(2): 489-504.
2 Gomes AMA, Paiva ES, Valdés MTM, Frota MA, Albuquerque CM. Fenomenologia, humanização e promoção da saúde: uma proposta de articulação. Saúde & Sociedade 2008; 17(1): 143-152.
3 Ayres JRCM. Uma concepção hermenêutica de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva 2007; 17(1): 43-62.
4 Anéas TV, Ayres JRCM. Significados e sentidos das práticas de saúde: a ontologia fundamental e a reconstrução do cuidado em saúde. Interface (Botucatu. Impresso) 2011; 15(38): 651-662.
5 Heidegger M. Ser e tempo. Parte I. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. 12ª ed. São Paulo (SP): Vozes; 2002.
6 Nogueira RP. Os fenômenos humanos da saúde. Editora FIOCRUZ; 2011.
7 Heidegger, M. (Editado por Medard Boss), Seminários de Zollikon. (Seminário de 8 de setembro de 1959). Petrópolis, RJ: Vozes; 2001.
8 Nogueira RP. Estresse e padecimento: uma interpretação de acordo com Heidegger. Interface. Comunicação, Saúde e Educação 2008; 12(25): 283-293.
9 Olivieri DP. O ser doente. São Paulo: Moraes; 1985.
10 Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil 2008. Brasília: MS/SVS; 2008.
11 Claro LBL. Hanseníase: representações sobre a doença. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1995.12 Eidt LM Ser hanseniano: sentimentos e vivências. Hansenologia Internationalis 2004; 29(1): 21-27.
13 Monteiro YN. Profilaxia e exclusão: o isolamento compulsório dos hansenianos em São Paulo. Hist. Cienc. Saude--Manguinhos 2003; 10(suppl.1): 95-121.
14 Santos LAC, Faria L., Menezes RF. Contrapontos da história da hanseníase no Brasil: cenários de estigma e confinamento. Revista Brasileira de Estudos Populacionais 2008; 25(1): 167-190.
15 Agrícola E. A lepra no Brasil (Resumo histórico). In: Brasil, Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Saúde. Serviço Nacional de Leprologia. Manual de Leprologia Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Leprologia; 1960.
16 Savassi LM. Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores. [Mestrado]. Belo Horizonte: Fundação Oswaldo Cruz; 2010.
17 Morhan, Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Colônia Santa Isabel: do estigma à socialização. Betim (MG): MORHAN; 2006.
18 Guerra AMC, Moreira JO, Diniz BG. Clínica e Inclusão Social: novos arranjos subjetivos e novas formas de intervenção. Belo Horizonte: Edições do Campo Social; 2002.
19 Dias RC, Pedrazzani ES. Políticas Públicas na hanseníase: contribuições na redução da exclusão social. Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61(esp): 753-756.
20 Bailardi KS. O estigma da hanseníase: relato de uma experiência em grupo com pessoas portadoras. Hansenologia Internationalis 2007; 32(1): 27-36.
21 Sá AMM, Paz EPA. O cotidiano de ser hanseniano: um estudo de enfermagem. Hansenologia Internationalis 2007; 32(1): 49-55.
22 Nations MK, Lira GV, Catrib AMF. Stigma, deforming metaphors and patients’ moral experience of multibacillary leprosy in Sobral, Ceará State, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 2009; 25(6): 1215-1224.
23 Nunes JM, Oliveira EM, Vieira NFC. Hanseníase: conhecimentos e mudanças na vida das pessoas acometidas. Ciência & Saúde Coletiva 2011; 16(supl.1): 1311-1318.
24 Flick U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2009.
25 Heidegger M. Todos nós... ninguém: um enfoque fenomenológico do social. São Paulo: Morales; 1981.
26 Amatuzzi MM. Psicologia Fenomenológica: uma aproximação teórica humanista. Estudos de Psicologia (Campinas) 2009; 26(1): 93-100.
27 Bruns MAT, Holanda AF. Psicologia e Pesquisa Fenomenológica: Reflexões e Perspectivas; 2003.
28 Boti NCL, Aquino KA. A Via Sacra da Hanseníase de Veganin. Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61(esp): 676-6781.
29 Silva RCP, Lopes A, Guisard, CLMP, Peixoto ES, Metello HN, Ito LS, et al. História de vida e trabalho de pessoas atingidas pela hanseníase em serviços de saúde do Estado de São Paulo. Hansenologia Internatiolanallis, 2008; 33(1): 9-18.
30 Brasil, Ministério da Saúde. Portaria Nº 816 de 26 de julho de 2000. DOU – 144 E
31 – página 26 – Seção 1 de 27 de julho 2000.
32 Martins PV, Capomi S. Hanseníase, exclusão e preconceito: histórias de vida de mulheres em Santa Catarina. Ciência & Saúde Coletiva 2010; 15(Supl.1): 1047-1054.
33 Goffman E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade. 4ª Ed. Rio de Janeiro: LTC; 2008.
34 Cavalieri IAL, Grynszpan D. Fábrica de imaginário, usina de estigmas: conhecimentos e crenças de uma comunidade escolar sobre hanseníase. Cadernos de Saúde Coletiva 2008; 16(2): 345-362.
35 Corrigan PW, Watson, AC. The paradox of self-stigma and mental illness. Clinical Psychology: Science and Practice 2001; 9(1): 35-53.
36 Frankl VE. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Vozes; 2006.
37 Borges VT. Casamento, maternidade e viuvez: memórias de mulheres hansenianas. Revista Brasileira de História 2007; 27(54): 109-125.
38 Mellagi AG, Monteiro YN. O imaginário religioso de pacientes de hanseníase: um estudo comparativo entre ex-internos dos asilos de São Paulo e atuais portadores de hanseníase. Hist. Ciênc. Saúde – Manguinhos 2009; 16(2): 489-504.
Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Downloads
Não há dados estatísticos.
