O cotidiano de ser hanseniano: um estudo de enfermagem

Autores

  • Antonia Margareth Moita Sá Enfermeira da Secretaria Executiva de Saúde Pública do Estado do Pará. Professora Assistente da Universidade do Estado do Pará. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery-UFRJ.
  • Elisabete Pimenta Araújo Paz Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta da EEAN/UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Enfermagem de Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2007.v32.35193

Palavras-chave:

hanseníase, enfermagem, fenomenologia

Resumo

Estudo sobre o cotidiano de ser hanseniano realizado com doentes em tratamento em uma Unidade de Saúde de Belém-PA que teve como objetivo compreender este cotidiano. Utilizou como referencial metodológico a fenomenologia e a hermenêutica de Martin Heidegger na análise compreensiva sobre o cotidiano do hanseniano. Evidenciou-se a perplexidade dos doentes ante sua doença, o medo de transmiti-la, a tentativa de ocultação de sua condição, as mudanças na rotina diária em conseqüência da doença e a submissão ao tratamento como a única forma de se verem curados. A interpretação mostrou que o sentimento de temor acompanha o hanseniano, pois ele teme o isolamento social que sabe que a hanseníase traz consigo e o modo de ser do impessoal nas relações sociais e com os profissionais de saúde.

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Referências

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Publicado

30-06-2007

Como Citar

1.
Sá AMM, Paz EPA. O cotidiano de ser hanseniano: um estudo de enfermagem. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2007 [citado 18º de abril de 2024];32(1):49-55. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35193

Edição

Seção

Artigos originais