Características epidemiológicas dos comunicantes de hanseníase que desenvolveram a doença, notificados no Centro de Saúde de Fernandópolis (1993 a 1997)

Autores

  • José Martins Pinto Neto Docente do Curso de Enfermagem e Obstetr ícia dos Estabelecimentos de Ensino Superior Integrados da Fundação Educacional de Fernandópolis-SP. Mestre em Enfermagem em Saúde Pública, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USE
  • Tereza Cristina Scatena Villa Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP. Doutora em Enfermagem em Saúde Pública.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1999.v24.36426

Palavras-chave:

Hanseníase, Comunicante, Controle

Resumo

Trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de um levantamento de dados através das Fichas de Investigação Epidemiológica de Hanseníase, dos casos desta doença, notificados no Centro de Saúde I de Fernandópolis, no período de 1993 a 1997, que informaram conviver ou ter convivido com doente de hanseníase; constituindo-se de uma população de 57 doentes, o que corresponde a 42,2% dos 135 doentes de hanseníase, residentes em Fernandópolis, e notificados nesta unidade de saúde neste período. O objetivo foi caracterizar o perfil epidemiológico dessa população de estudo. Os dados revelaram que a maioria é do sexo masculino, adultos jovens e adultos, de formas clínicas polarizadas, residentes na zona urbana, com baixo grau de escolaridade, na maioria detectados através do exame de contatos e não possuiam cicatriz vacinal BCG-id. A análise dos dados evidenciou problemas operacionais relativos aodesenvolvimento das ações do Programa de Controle de Hanseníase, no que se refere ao controle dos comunicantes, o que poderá comprometer as metas do Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. ALBUQUERQUE, M. F. P. M. et al. A expansão da hanseníase no nordeste brasileiro. Rev. Saúde Pública, v.23, n.2, p.107-116, 1989.
2. ANDRADE, V. L. G. Características epidemiológicas da hanseníase em área urbana: município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1990. 238p. Dissertação (Mestrado) — Escola Nacional de Saúde Pública-FIOCRUZ.
3. BELDA, W. Aspectos epidemiológicos da hanseníase no Estado de São Paulo, em 1974. Hansen. Int., v.1, n.1, p.11-23, 1976.
4. BELDA, W. Epidemiologia. In: TALHARI, S.; NEVES, R. G. Hansenologia.Manaus, Calderaro, 1984. cap.10, p.93-100.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária. Guia de controle da hanseníase. 2.ed. Brasília, 1994.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Alterações nas instruções normativas do Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase. Brasília, 1998.
7. CARRASCO, M. A. P. 0 Saber de enfermagem na assistência à hanseníase no Estado de São Paulo. Campinas, 1997. 235p. Tese (Doutorado) — Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas.
8. CARRASCO, M. A. P. ; PEDRAl lANI , E. S. Situação epidemiológica da hanseníase e dos seus comunicantes em Campinas. Rev. Esc. Enfermagem USP, v.27, n.2, p.214-228, 1993.
9. DIAS, R. R. Portadores de hanseníase irregulares ao serviço de saúde. Ribeirão Preto, 1994. 82p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.
10. FERNANDÓPOLIS. Fundação Educacional de Fernandópolis. Prefeitura Municipal de Fernandópolis. SEBRAE/SP. PRODER-programa de emprego e renda, 1998. Fernandópolis, 1998.
11. FINE, P. E. M. Necesidad de una perspectiva más equilibrada. In: NOORDEEN, S. K. La eliminación de la lepra como problema de salud pública: se justifica el optimismo? (Mesa Redonda). Foro Mundial de la Salud, v.17, n.2, p.109-151, 1996.
12. FINE. P. E. M.; SMITH, P. G. Vaccination against leprosy - the view from 1996. /Editorial/. Leprosy Rev., v.67, n.4, p.249-252, 1996.
13. GEORGE, K. et al. The role of intrahousehold contact in the transmission of leprosy. Leprosy Rev., v.61, n.1, p.60-63, 1990.
14. KANEKO, K. A. et al. Casos novos de hanseníase na região de São Carlos, SP, de 1983 a 1988. Hansen. Int., v.15, n.1/2, p.5-15, 1990.
15. LANA, E. C. E. Políticas sanitárias em hanseníase: história social e a construção da cidadania. Ribeirão Preto, 1997. 304p. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
16 LOMBARDI, C. et al. Tendência secular da detecção da hanseníase no município de Maringá-PR, 1977/1986. Hansen. Int., v.13, n.1, p.9-12, 1988.
17 LOMBARDI, C.; FERREIRA, J. História natural da hanseníase. In: LOMBARDI, C. et al. Hanseníase: epidemiologia e controle. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1990; cap.1, p.13-20.
18 MARGARIDO-MARCHESE, L. et al. Hanseníase. In: VERONESI, R.; FOCACCIA, R. (eds.) Tratado de Infectologia. São Paulo, Atheneu, 1997. cap.57, p.714-738.
19. MENCARONI, D.A. Episódios reacionais ocorridos em portadores de hanseníase, durante o tratamento poliquimioterápico. Ribeirão Preto, 1997. 127p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
20. OLIVEIRA, M. H. P. Os efeitos da hanseníase em homens e mulheres: um estudo de gênero. Ribeirão Preto, 1995. 189p. Tese (Livre-Docência) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
21. OLIVEIRA, M. L. W. Del-Rey; MOTTA, C. P. A hanseníase como problema de saúde pública. In: LOMBARDI, C. et al. Hanseníase: epidemiologia e controle. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1990; cap.2, p.21-32.
22. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DA SAÚDE. Manual para o controle de lepra. 2.ed. Washington, DC, USA, 1989.
23. PEDRAllANI, E. S. et al. Controle dos comunicantes: sua interferência na situação epidemiológica da hanseníase. Hansen. Int., v.11, n.1/2, p.44-54, 1986.
24. RAO, P. S. S. et al. Impact of MDT on incidence rates oí leprosy among household contacts. Int. J. Leprosy, v.57, n.3, p.647-651, 1989.
25. RODRIGUES, M. L. O. et al. Protective effect of intradermal BCG against leprosy: a case-control study in Central Brazil. Int. J. Leprosy, v.60, n.3, p.335-339, 1992.
26. SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Relatório da endemia hansênica no Estado de Si() Paulo, 1995. São Paulo, 1996, 26p. /mimeografado/.
27. SCOOLARD, D. M. et al. Epidemiologic characteristic of leprosy reactions. Int. J. Leprosy, v.62, n.4, p.559-566, 1994.
28. SMITH, W. C. S. Optimismo justificado, realismo indispensable. In: NOORDEEN, S. K. La eliminación de la lepra como problema de salud pública: i se justifica eI optimismo? (Mesa Redonda). Foro Mundial de Ia Salud. v.17, n.2, p.109-151, 1996.
29. VIJAYAKUMARAN, P. et al. Does MDT arrest transmission of leprosy to household contacts?. Int. J. Leprosy, v.66, n.2, p.125-130, 1998.
30. ZAMBON, V. D. et al. Avaliação epidemiológica e operacional do Programa de controle da Hanseníase na região de São Carlos-SI? no período de 1983/1988. Rev. Bras. Enfermagem, v.43, n.1/4, p.88-95, 1990.
31. ZODPEY, S. P. et al. Effectiveness of Bacillus Calmette-Guerin (BCG), vaccination in the prevention of leprosy; a casefinding control study in Nagpur, India. Int. J. Leprosy, v.66, n.3, p.309-315, 1998.

Downloads

Publicado

30-11-1999

Como Citar

1.
Pinto Neto JM, Villa TCS. Características epidemiológicas dos comunicantes de hanseníase que desenvolveram a doença, notificados no Centro de Saúde de Fernandópolis (1993 a 1997). Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1999 [citado 23º de abril de 2024];24(2):129-36. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36426

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)