Comparação entre métodos de pré-tratamento para determinação de sujidades leves em amostras de cúrcuma (Curcuma longa L.) e páprica (Capsicum annuum L.)
PDF

Palavras-chave

Especiarias
Contaminação de Alimentos
Química Verde
Microscopia
Estudo de Validação
Metodologia

Como Citar

1.
Prado S de PT, Iha MH, Rodrigues ML. Comparação entre métodos de pré-tratamento para determinação de sujidades leves em amostras de cúrcuma (Curcuma longa L.) e páprica (Capsicum annuum L.). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de junho de 2021 [citado 4º de dezembro de 2024];80:1-9,e37478. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/37478

Resumo

O estudo teve como objetivo modificar, otimizar e avaliar através de estudo comparativo um método para a extração de sujidades leves em amostras de cúrcuma (Curcuma longa L.) e páprica (Capsicum annuum L.). Foram analisadas dez amostras de cúrcuma e vinte de páprica. As etapas de pré-tratamento dos métodos da AOAC, 975.49 (16.14.05) para cúrcuma e 977.25b (16.14.22) para páprica, foram modificadas, com adição do extrator Soxhlet. A avaliação do desempenho analítico foi realizada pela comparação entre os resultados das recuperações dos métodos. A recuperação média para cúrcuma utilizando o método AOAC foi 91,9% para fragmentos de insetos e 97,0% para pelos de roedor, enquanto que para o método modificado foi de 89,6% e 97,4%, respectivamente. Para páprica, usando método original a recuperação foi de 93,1% para os fragmentos de insetos e 96,5% para pelos de roedor, e para o método modificado, 92,2% e 93,1%, respectivamente. A análise estatística mostrou que não houve diferença significante entre os métodos. Apesar do maior tempo de análise, o método modificado apresenta vantagens tais como: permitir realização de análises simultâneas, baixa complexidade, economia de 57% de solvente e desempenho satisfatório, sendo uma alternativa para pesquisa de sujidades leves nas especiarias estudadas.

https://doi.org/10.53393/rial.2021.v.80.37478
PDF

Referências

1. Ganjre A, Kathariya R, Bagul N, Pawar V. Anti-carcinogenic and anti-bacterial properties of selected spices: implications in oral health. Clin Nutr Res. 2015;4(4):209-15. https://doi.org/10.7762/cnr.2015.4.4.209

2. Mathew AG. Natural food flavors and colorants. 2.ed. John Wiley & Sons; 2017.

3. Atui MB, Castejon MJ, Yamashiro R, De Lucca T, Flinn PW. Condições higiênico-sanitárias da pimenta do reino em pó (Piper nigrum L.) com o emprego de duas diferentes técnicas para detecção de sujidades leves. Rev Inst Adolfo Lutz. 2009;68(1):96-101. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32748

4. Correia M, Daros VSMG, Silva RP. Matérias estranhas em canela em pó e páprica em pó, comercializadas no estado de São Paulo. Cienc Tecnol Aliment. 2000;20(3):375-80. https://doi.org/10.1590/S0101-20612000000300016

5. Association of Official Analytical Collaboration (AOAC) International – AOAC International. Extraneous Materials: Isolation. In: Latimer GW, organized. Official Methods of Analysis of AOAC International; 2016.

6. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 14, de 28 de marco de 2014. Dispõe sobre matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em alimentos e bebidas, seus limites de tolerância e da outras providencias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 31 mar 2014. Seção 1(61):58-61.

7. Dent RG. Elements of filth detection. In: Gorham JR, editor. Principles of food analyses for filth decomposition and foreign matter. 2.ed. Washinton, DC: FDA; 1981.

8. Anastas PT, Warner JC. Green chemistry: theory and practice. New York: Oxford University Press;1998.

9. Anastas P, Eghbali N. Green chemistry: principles and practice. Chem Soc Rev. 2010;39(1):301-12. https://doi.org/10.1039/B918763B

10. Luque de Castro MD, Priego-Capote F. Soxhlet extraction: past and present panacea. J Chromatogr A. 2010;1217(16):2383-9. https://doi.org/10.1016/j.chroma.2009.11.027

11. Alara OR, Abdurahman NH, Ukaegbu CI. Soxhlet extraction of phenolic compounds from Vernonia cinerea leaves and its antioxidant activity. J Appl Res Med Aromat Plants. 2018;11:12-7. https://doi.org/10.1016/j.jarmap.2018.07.003

12. Dimov MN, Silveira VR, Elian SN, Penteado MVC. Extração de sujidades leves em farinha de trigo integral: validação de metodologia. Rev Inst Adolfo Lutz. 2004;63(1):91-6. Disponível em:

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/34799

13. Brickey PM. Gecan JS, Thrasher JJ, Eisenberg WV. Notes on Microanalytical Techniques in the Analysis of Foods for Extraneous Materials. J Assoc Off Anal Chem. 1968;51(4):872-6. https://doi.org/10.1093/jaoac/51.4.872

14. Teerink BJ. Hair of West-European Mammals. Cambridge (UK): Cambridge University Press; 1991.

15. Glaze LE, Bryce, JR. Extraction of light filth from whole wheat flour, flotation method: collaborative study. J AOAC Int. 1994;77(5):1150-2.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Sonia de Paula Toledo Prado, Maria Helena Iha, Matheus Leandro Rodrigues

Downloads

Não há dados estatísticos.