Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico
PDF

Palavras-chave

Hanseníase
diagnóstico precoce
número de serviços
tempo de diagnóstico
formas clínicas

Como Citar

1.
Lastória JC, Macharelli CA, Putinatti MS de MA. Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2003 [citado 22º de novembro de 2024];28(1):53-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35303

Resumo

A hanseníase é doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, de alta endemicidade, em alguns países do mundo onde o Brasil situa-se em segundo lugar no mundo, em número de casos. Os autores, preocupados com o elevado número de casos que mostraram falhas diagnósticas, realizaram o presente trabalho, que teve como objetivo, avaliar a situação do diagnóstico clínico dessa doença. Para tal, utilizou-se os prontuários médicos dos pacientes do Ambulatório de Referência para Hanseníase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, no período de 2000 a 2002, que continham dados específicos a esse respeito. Foram avaliados 87 pacientes, sendo que 76 (87,35%) foram diagnosticados nas formas já polarizadas da doença e, destes, 61 (71,2%) pertenciam à formas multibacilares e, portanto, contagiantes; 4 (4,6%)veram menores de 15 anos. Dos 87 pacientes, 62 (71,2%) procuraram pelo menos 2 serviços médicos para que fosse feita a suspeição diagnóstica e, em 61 (71,11%) dos casos, o tempo levado para o mesmo e, portanto, para o início do tratamento, foi acima de 6 meses. Desta forma, além do aspecto relacionado ao risco de contágio nesse período, há a possibilidade de evolução da doença e possível ocorrência de seqüelas importantes. Finalmente, os autores destacam a necessidade de uma maior  atenção na formação e treinamento dos profissionais de saúde para essa finalidade.

https://doi.org/10.47878/hi.2003.v28.35303
PDF

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas técnicas e procedimentos para utilização dos esquemas de poliquimioterapia no tratamento de hanseníase. Brasília, 1992.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de normas e procedimentos para o controle da hanseníase. Brasília, 1994.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas técnicas e procedimentos para utilização dos esquemas de poliquimioterapia no tratamento de hanseníase. Brasília, 1994.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas para a eliminação da hanseníase no Brasil. Brasília, 2001.
5. KANEKO, K.A.; ZAMBON, V.D.; PEDRAZANI, E.S. Casos novos de Hanseníase na região de São Carlos, SP, 1983-1988. Hansen. Int., Bauru, v. 15, n 1-2, p 5-15, 1990.
6. LANA, F.C.F. Situação epidemiológica da hanseníase no município de Belo Horizonte - MG - Período 92/97. Hansen. Int, v. 25, n
2/2, p 121-131, 2000.
7. SÃO PAULO (ESTADO) Secretaria Estadual de Saúde. Resolução SS 130 de 08/10/2001. Norma Técnica. Diário Oficial do Estado,
10/10/2001, p 19-22.
8. OPROMOLLA, D.V.A. Hanseníase após a cura. Hans. Int., v 3, n 1-2, p 1-2, 1998.
9. OPROMOLLA, D.V.A. Noções de hansenologia. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima, 2000.
10. SAMPAIO, S. A. P., et al. Dermatologia – Hanseníase. São Paulo: Artes Médicas, 1998. 467 – 487. 58 Hansenologia Internationalis
11.SOUZA, CS; Bacha, JT. Evaluation of factors involved in late diagnosis of leprosy. IN: INTERNATIONAL LEPROSY CONGRESS, 15, Beijing, 1998. Abstracts , CO 104, p 58A,.
12.SUÁREZ, R.E.G., et al. Estimado de prevalencia de lepra. Hans. Int., v.22, n. p. 31-34, 1997.
13.TALHARI, S.; Neves, R.G. Hanseníase, Dermatologia Tropical. 3 ed., Rio de Janeiro: Medesi, 1997. p 1-3.

Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.