Perfil sociodemográfico, clínico e geoespacial de casos novos de hanseníase diagnosticados no Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, São Paulo, entre 2015 e 2019
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Palavras-chave

Hanseníase. Epidemiologia descritiva. Mapeamento Geográfico.

Como Citar

1.
Chagas LBM de O, Oliveira NG de, Baptista IMFD, Nieto Brito de Souza V. Perfil sociodemográfico, clínico e geoespacial de casos novos de hanseníase diagnosticados no Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, São Paulo, entre 2015 e 2019. Hansen. Int. [Internet]. 16º de dezembro de 2021 [citado 5º de novembro de 2024];46:1-22. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/37428

Resumo

Embora o Brasil venha apresentando uma redução considerável no número de casos novos de hanseníase, alguns estudos têm demonstrado transmissão ativa mesmo em áreas não endêmicas, como o estado de São Paulo. Diante disso, investigamos o perfil sociodemográfico, clínico e geoespacial dos casos novos de hanseníase diagnosticados entre 2015 e 2019 no Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL), um centro de referência localizado no município de Bauru, interior do estado de São Paulo. Foram diagnosticados 177 novos casos de hanseníase nesse período, sendo 61,6% dos pacientes naturais do estado. A maioria dos indivíduos era do sexo masculino (59,9%) e a faixa etária mais prevalente foi de 60 a 69 anos; 79,1% se autodeclaravam brancos e 65,6% possuíam pouca ou nenhuma escolaridade. A forma clínica dimorfa foi a mais frequente (42,4%), a baciloscopia foi positiva em 38,4% dos pacientes (49,0% entre o sexo masculino e 22,5% entre o sexo feminino) e 49,0% dos pacientes possuíam incapacidades no diagnóstico. O georreferenciamento, realizado para os casos oriundos do município de Bauru (n = 31), revelou que a maioria dos pacientes residia em regiões com elevado nível de vulnerabilidade social. O perfil dos pacientes atendidos no ILSL apontou para predominância de homens adultos ou idosos com baixa escolaridade, multibacilares, apresentando incapacidades físicas e longo tempo de sintomas. Em conjunto, nossos dados sugerem atraso no diagnóstico que pode contribuir para a manutenção da transmissão da hanseníase mesmo numa região não endêmica.

https://doi.org/10.47878/hi.2021.v46.37428
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