Resumen
As pessoas vivendo com Hanseníase têm sua autoimagem maculada pelas lesões causadas pela doença, reações hansênicas e pela discriminação. Apesar de ser um problema antigo e de haver campanhas educativas para combatê-lo, o estigma está presente no cotidiano destas pessoas e desafia os profissionais que tem uma lacuna em seu saber no que concerne ao manejo do mesmo na sociedade e em seu fazer profissional. Este artigo objetiva refletir sobre o estigma e o cuidado da enfermagem a partir da fenomenologia ontológica de Martin Heidegger. O cuidado humanístico na perspectiva de ser-com-outro, de reconhecer o cuidado como ontológico e a negação do mesmo como desenraizante e desumanizante se coloca como alternativa para este enfrentamento e superação trazendo para a enfermagem o outro como parceiro na construção do cuidado, como um ser humano que vive aquele instante do encontro com o profissional em um ser-no-mundo repleto de significado e possibilidades.
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