Avaliação clínico-epidemiológica em pacientes multibacilares em uma unidade de referência de hansenologia da amazônia
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Palabras clave

hanseníase multibacilar
neurites clássicas
troncos nervosos afetados
grau de incapacidade

Cómo citar

1.
Cunha MHCM da, Macedo GMM de, Batista K de NM, Xavier MB, Neto S de S, Nascimento FS do N e. Avaliação clínico-epidemiológica em pacientes multibacilares em uma unidade de referência de hansenologia da amazônia. Hansen. Int. [Internet]. 30 de noviembre de 2008 [citado 23 de noviembre de 2024];33(2):9-16. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36237

Resumen

O mycobacterium leprae (bacilo de hansen) possui propriedades imunogênicas especiais, responsáveis pelo alto poder incapacitante da hanseníase. Objetivou-se estudar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes hansenianos multibacilares, de acordo com a classificação de madri, correlacionar o índice baciloscópico com o número de troncos afetados pela neurite franca no início e término do tratamento, correlacionar o grau de incapacidade com a forma clínica, à entrada e à saída desses pacientes. Selecionaram-se 158 prontuários de pacientes diagnosticados com hanseníase multibacilar, avaliados pelo exame baciloscópico e neurológico. O estudo foi realizado no centro de referência em dermatologia
sanitária dr. Marcelo cândia, em marituba, pará, brasil. Desses pacientes, 52% estavam na faixa etária
de 15 a 54 anos, 80,4% eram do sexo masculino, 80% tiveram alta por cura e 84% eram casos novos. A forma clínica predominante foi a dimorfa, com 68% dos casos. A forma virchowiana (mhv) apresentou maior número de pacientes com grau de incapacidade ii. A presença de incapacidade grau zero foi estatisticamente significante na forma dimorfa (mhd), que possui aproximadamente 2,69 vezes maior probabilidade de evoluir para neurite que a mhv. Os nervos periféricos mais afetados foram: o tibial
posterior, o ulnar, o fibular e o mediano. Conclui-se que a forma virchowiana tem maior potencial de produção de incapacidades tipo ii, enquanto que os portadores de mhd evoluem mais vezes para neurite; e que não há diferença no acometimento de troncos nervosos em relação ao índice baciloscópico.

https://doi.org/10.47878/hi.2008.v33.36237
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