Desempenho funcional de pacientes com deformidades visíveis na hanseníase
PDF

Palavras-chave

Hanseníase
Atividades Cotidianas
Pessoas com Deficiência

Como Citar

1.
Pedro MFB, Marciano LHSC, Marques T, Quaggio CM da P, Nardi SMT. Desempenho funcional de pacientes com deformidades visíveis na hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2017 [citado 18º de setembro de 2024];42(1/2):19-27. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34971

Resumo

Esse estudo tem por objetivo avaliar a capacidade funcional da mão das pessoas atingidas pela hanseníase na realização das atividades básicas e instrumentais da vida diária. A amostra foi constituída por 50 pacientes, maiores de 18 anos, que estavam sendo acompanhados no ambulatório do Instituto Lauro de Souza Lima. Para avaliação das características sociodemográficas e clínicas foi elaborado um questionário próprio. As dificuldades manuais para realizar atividades nas áreas de vestuário, alimentação, higiene pessoal, cuidados com a casa, escrita e outros foram avaliados por meio da Avaliação Funcional das Mãos em Hanseníase. Os resultados demonstram que em todas as atividades houve algum grau de dificuldade, porém, a maioria dos pacientes as realiza com independência. As atividades consideradas mais difíceis de serem executadas pelos pacientes com garra ulnar foram: pegar objetos pequenos em superfície plana, abrir/fechar fecho de corrente e cortar unhas. Na população de pacientes com garra ulnar/mediano foram: pegar objetos pequenos em superfície plana, abotoar/desabotoar, dar laço/amarrar cadarço e abrir/fechar fecho de corrente. As atividades são realizadas com algum grau de dificuldade, porém, com independência pela maioria dos indivíduos que tem ou tiveram hanseníase e apresentam deformidades visíveis. Muitas dessas dificuldades podem ser minimizadas por meio de transferências tendinosas ou pela indicação, confecção e uso de tecnologia assistiva.

https://doi.org/10.47878/hi.2017.v42.34971
PDF

Referências

1. World Health Organization. Global leprosy update, 2015: time for action, accountability and inclusion. WklyEpidemiol Rec [Internet]. 2016 Sep [cited 2017 Feb 15]; 91(35):405-20. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/249601/WER9135.pdf?sequence=1.
2. Raposo MT, Reis MC, Caminha AVdQ, Heukelbach J, Parker LA, Pastor-Valer o M, et al.(2018) Grade 2 disabilities in leprosy patients from Brazil: Need for follow-up after completion of multidrug therapy. PLoS Negl Trop Dis 12(7): e0006645. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0006645
3. Marciano LHS, Baccarelli R. Terapia ocupaciona em cirurgia da mão [Internet]. In: Duerksen F, Virmond M. Cirurgia reparadora e reabilitação em hanseníase. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima; 1997[cited 2017 mar 23]. p. 257-66. Available from: http://hansen.bvs.ilsl.br/textoc/livros/DUERKSEN,%20FRANK/mao/PDF/terap_mao.pdf
4. Lana FCF, Amaral EP, Franco MS, Lanza FM. Detecção da hanseníase no Vale do Jequitinhonha: Minas Gerais: redução da
tendência epidemiológica ou problemas operacionais para o diagnóstico?[Internet]. Hansen Int. 2004 [cited 2017 Fev 16];29(2):118-
23. Available from:www.ilsl.br/revista/download. php?id=imageBank/433-1530-1-PB.pdf.
5. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional [Internet]. Brasília: MS; 2016 [cited 2017 Fev 26]. 58p. Availablefrom: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/diretrizes-eliminacao-hanseniase4fev16-web.pdf
6. Ferreira TL, Alvarez RRA, Virmond MCL. Validação do questionário de avaliação funcional das mãos em hanseníase [Internet]. Rev Saúde Públ. 2012[cited 2017 Jan 30];46(3):435-45. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v46n3/3618.pdf.
7. Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, Costa JML. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão. Rev Soc Bras Méd Trop.2003;36(1):57-64. doi: 10.1590/S0037-86822003000100009.
8. Rocha AKAA, Junior EDS, Novaes MM, Franco CIF. Análise de independência funcional em pacientes com neuropatia hansênica assistidos pelo centro de referência da cidade de Campina Grande – Paraíba. Rev Saúde e Biol. 2004;9(3):8-16.
9. Nogueira PSF. Análise da capacidade funcional de idosos com hanseníase através de três instrumentos [thesis] [Internet]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2015 [cited 2017 Jan 30]. Available from: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17734.
10. Ikehara E, Nardi SMT, Ferrigno ISV, Pedro HSP, Paschoal VDA. Escala Salsa e grau de Incapacidades da Organização Mundial de
Saúde: avaliação da limitação de atividades e deficiências na hanseníase. Acta Fisiatr. 2010;17(4):169-74. doi: 10.5935/0104-7795.20100001.
11. Duarte MTC, Ayres J, Simonetti JP. Perfsocioeconômico e demográfico de portadores de hanseníase atendidos em consulta de
enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem. 2007;15:774-9. doi: 10.1590/S0104-11692007000700010.
12. Gonçalves SD, Sampaio RF, Antunes CMF. Fatores preditivos de incapacidades em pacientes com hanseníase [Internet]. Rev Saúde Públ. 2009[cited 2017 Mar 12];43(2): 267-74. Availablefrom: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43n2/119.pdf.
13. Xavier MB, Tavares NCS, Corrêa SC, Gonçalves BK, Ramos MMAB, Macedo GMM. Correlação entre as formas clínicas da hanseníase e o grau de incapacidade neurológica [Internet]. Rev Para Med. 2014 [cited 2017 Fev 26];28(2):15-21. Available from: http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2014/v28n2/a4253.pdf.
14. Moschioni C, Antunes CMF, Grossi MAF, Lambertucci JR. Risk factors for physical disability at diagnosis of 19,283 new cases of
leprosy. RevSocBrasMed Trop. 2010;43(1):19-22. doi: 10.1590/S0037-86822010000100005.
15. Carvalho GA, Alvarez RRA. Avaliação de incapacidades físicas neuro-músculoesqueléticas em pacientes com hanseníase
[Internet]. Hansen Int. 2000[cited 2017 Fev 26];25(1):p 39-48. Available from: www.ilsl.br/revista/download.php?id=imageBank/516-
1716-1-PB.pdf.
16. Rao PS, Subramanian M, Subramanian G. Deformity incidence in leprosy patientstrated with multidrug therapy. Indian J Lepr.1994;66(4):449-54.
17. Corrêa BJ, Marciano LHSC, Nardi ST, Marques T, Assis TF, Prado RBR. Associação entre sintomas depressivos, trabalho e grau de incapacidade na hanseníase. Acta Fisiatr. 2014;21(1):p 1-5. doi: 10.5935/0104-7795.20140001.
18. Prado GD, Prado RBR, Marciano LHSC, Nardi SMT, Cordeiro JA, Monteiro HL. WHO disability grade does not influence physical activity in Brazilian leprosy patients [Internet]. Lepr Rev. 2011[cited 2017 Jan 30];82(4):270-8. Available from: https://www.lepra.org.uk/platforms/lepra/files/lr/Sept11/1456.pdf.
19. Duerksen F, Virmond M. Cirurgia reparadora e reabilitação em hanseníase [Internet]. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima; 1997[cited 2017 Jan 26]. Capítulo 24, Fisiopatologia da mão em hanseníase; p. 199-202. Available from: http://hansen.bvs.ilsl.br/textoc/livros/DUERKSEN,%20FRANK/mao/PDF/fisiopat_mao.pdf.
20. Caetano EB. Anatomia funcional da mão. In: Pardini Junior AG. Traumatismos da mão. 2ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 1992.p. 9-62.
21. Jablonki B. A divisão de tarefas domésticas entre homens e mulheres no cotidiano do casamento. Rev Psicol Ciênc Prof.2010;30(2):262-75.doi: 10.1590/S1414-98932010000200004.
22. Soares EF, Novais TO, Freire MCM. Hábitos de higiene bucal e fatores relacionados em adultos de nível socioeconômico baixo
[Internet]. Rev Odontol Unesp. 2009 [cited 2017 Jan 26];38(4):228-34. Available from: http://s3.amazonaws.com/host-article-assets/
rou/588018927f8c9d0a098b4ceb/fulltext.pdf.

Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.