Vigilância epidemiológica das incapacidades oculares em hanseníase
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Palavras-chave

hanseníase
manifestações oculares
epidemiologia

Como Citar

1.
Medina NH, Brasil MTLRF, Marzliak MLC, Lafrattá TE, Vieth H. Vigilância epidemiológica das incapacidades oculares em hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2004 [citado 23º de dezembro de 2024];29(2):101-5. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36378

Resumo

Após avaliação dos dados de incapacidades oculares disponíveis nas fichas epidemiológicas de hanseníase do ano de 1989, no Estado de São Paulo, constatou-se a necessidade de mudanças de critérios do grau de incapacidade ocular, para aumentar a sensibilidade. Desde 1990, o Programa de Controle da Hanseníase em conjunto com o Serviço de Oftalmologia Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo intensificou os treinamentos na detecção, prevenção e tratamento das incapacidades oculares. Um grupo de técnicos foi designado para modif icar a padronização dos procedimentos e os critérios para a classificação do grau de incapacidade, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde. Com o objetivo de avaliar as modificações da padronização dos critériosforam analisadas as fichas de notificação  pidemiológica dos anos de 1989, 1993 e 1996. No ano de 1989, foram detectados 3210 casos de hanseníase, dos quaffs 72 (2,2%) apresentaram incapacidades oculares. Em 1993, 2927 casos de hanseníase foram notificados, sendo que 130 (5,3%) tinham incapacidades oculares. Em 1996, dos
2915 casos detectados, 164 (6,9%) apresentaram algum grau de incapacidade ocular Os casos multibacilares mostraram uma proporção major de incapacidades oculares do que os paucibacilares (p < 0,05). As modifica95es adotadas para o diagnóstico das alterações oculares e os treinamentos realizados contribuíram para um aumento significativo da notificação do número de casos com alterações oculares, principalmente grau I (hipoestesia corneana) e grau II (lagoftalmo, triqufase e opacidade corneana). Este aumento n5o indica piora da endemia ou mesmo diagnóstico mais tardio, e sim melhora operacional.

https://doi.org/10.47878/hi.2004.v29.36378
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Referências

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