Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Taubaté - SP no ano de 1999
DOI:
https://doi.org/10.47878/hi.2001.v26.36405Palavras-chave:
Hanseníase/prevenção e controle, Hanseníase/ epidemiologia, Avaliação de programas de controle, Saúde públicaResumo
O Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número absoluto de casos de hanseníase, sendo o primeiro das Américas. Em reunião promovida pela Organização Mundial de Saúde em Abdijan, na Costa do Marfim, em 1999, o Brasil assumiu novo compromisso de reduzir o coeficiente de prevalência a níveis inferiores a um paciente em cada 10000 habitantes até o final de 2005. Avaliou-se, retrospectivamente, no presente estudo, a situação epidemiológica e operacional do controle da hanseníase dos pacientes atendidos no município de Taubaté - São Paulo, no ano de 1999, a partir de informações coletadas na planilha epidemiológica, instituída pelo Ministério da Saúde. Detectou-se um coeficiente médio de prevalência de 3.24/10000 habitantes e um coeficiente alto de detecção anual de casos novos para o ano de 1999 (1.27/10000 habitantes). A maioria dos doentes (83.5%) era das formas multibacilares e o esquema terapêutico predominante foi a poliquimioterapia em 80% dos pacientes. Observou-se, também, que cerca de 15.7% dos doentes em registro ativo não receberam avaliação de incapacidade durante o ano. Dos pacientes que receberam alta por cura e foram avaliados quanto à incapacidade, 20.8% apresentaram graus II e Ill da mesma. É proposto o atendimento dos doentes pelas unidades básicas de saúde por estarem mais próximas da comunidade e por profissionais atentos ao diagnóstico precoce para obtermos o tão esperado controle da moléstia.
Downloads
Referências
2 BECHELLI, L.M.; DOMINGUEZ, M.V. Disability index for leprosy patients. Bull. Wld. Hlth. Org., v.44, n.5, p. 709-713, 1971.
3 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária. Guia de controle da hanseníase. 2. ed. Brasilia, 1994.
4 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades. Brasilia, 1997.
5 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária. Instrumento de avaliação das ações de controle da hanseníase no Brasil. Brasilia, 1997.
6 CARVALHO, GA. et al. Avaliação de incapacidades físicas neuro-músculo-esqueléticas em pacientes com hanseníase. Hansen. Int., v. 25, n.1, p. 39-48, 2000.
7 Diário Oficial do Estado de São Paulo - decreto n° 43379, v 108,
n. 154, seção I. São Paulo, 1998.
8 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA DAÚDE. Eliminação da hanseníase até o ano 2000. Assembléia Mundial de Saúde-OMS. Genebra, 1991.
9 FELICIANO, K.V.O. et al. Diagnóstico precoce da hansenfase: o caso dos serviços de saúde no Recife (Pernambuco), Brasil. Rev. Panam. Salud Publica, v.4, n.1, 1998.
10 FONSECA, P.H.M. Situação da hanseníase em alguns estados brasileiros - uma revisão da literatura. Arq. bras. Med., v.59, n.2, p.107-108, 1985.
11 JOPLING,W.H.; McDOUGALL, A.C. Manual de hanseníase. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1991.
12 SÃO PAULO (Estado) Lei Estadual n29880 de 10/12/97. Taubaté: Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. Vigilância Epidemiológica - DIR XXIV, 1997.
13 LOMBARDI, C. et al. Eficacia protectora del BCG contra la lepra en São Paulo, Brasil. Bol Ofic. Sanit. Panam, v.119, n.5, p. 415-21, 1995.
14 MATOS, W. et al. Epidemiologia da hanseníase em coorte de contatos intradomiciliares no Rio de Janeiro (1987-1991). Cad. Saúde Pública, v.15, n.3, p. 533-42, 1999.
15 MUNHOZ JR., S. et al. Avaliação do programa de controle da hanseníase em municípios mato-grossenses. Brasil. Rev. Saúde Pública, v.31, n.3, p.282-287, 1997.
16 NOGUEIRA,W. et al. Perspectivas de eliminação da hansenfase. Hansen Int, v. 20, n.1, p.19-28, 1995.
17 OLIVEIRA, S. N. et al. Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeirão Preto- SP no ano de 1992. Rev. Med. Ribeirão Preto, v.29, p.114-122, 1996.
18 OLIVEIRA, H. R. et al. Hanseníase no ambiente de trabalho. Rev. bras. Saúde Ocupas, v.91/92, n.24, p.49-55,1998.
19 SOUZA, C. S. Hansenfase: formas clínicas e diagnóstico diferencial. Rev. Med. Ribeirão Preto, v.30, p.325-334, 1997.
20 VEGAS, F. K. El Projecto Sine Lepra 2000. Gac. Méd. Caracas, v.104, n.3, p.201-5, 1996. 116
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.