Panarterites cutâneas como manifestações tardias do eritema nodoso hansênico
PDF
PDF (English)

Palavras-chave

Hanseníase
Eritema nodoso hansênico
Periarterite nodosa cutânea
Vasculite

Como Citar

1.
Fleury RN, Ura S, Borges MB, Ghidella CC, Opromolla DVA. Panarterites cutâneas como manifestações tardias do eritema nodoso hansênico. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1999 [citado 1º de setembro de 2024];24(2):103-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36423

Resumo

Os autores estudaram 11 casos de hanseníase multibacilar (9 virchovianos polares e 2 dimorfosvirchovianos), que apresentaram eritema nodoso hansênico, tardiamente na evolução da hanseníase(apenas 1 paciente ainda estava em tratamento específico). As manifestações sistêmicas desses casos eram de leve intensidade e as lesões cutâneas em pequeno número , localizadas em membros inferiores. Histologicamente apresentavam arterites exsudativas e necrosantes, em estádios evolutivos variados, localizados no derma profundo, com discreta reação inflamatória do derma e tecido celular subcutâneo adjacente. Evidências do comprometimento prévio da hanseníase eram discretos ou ausentes, mas em sete pacientes, foram detectados BAAR na parede dos vasos comprometidos.. A opinião dosautores é que a patogenese dessas manifestações é a mesma que a do eritema nodoso hansênico, que ocorre durante a atividade da doença, devido a persistência dos antígenos micobacterianos na parede muscular dos vasos dérmicos, mesmo após sua eliminação em outras áreas cutâneas. A eventual exposição desses antígenos, estimularia a formação de complexos imunes e reação inflamatória aguda. Do ponto de vista histológico e mesmo clínico, essas manifestações são muito semelhantes a Periarterite nodosa cutânea. Os autores discutem a possibilidade de que mecanismos patogênicos semelhantes estejam envolvidos na arterite do eritema nodoso tardio e na periarterite nodosa cutânea.

https://doi.org/10.47878/hi.1999.v24.36423
PDF
PDF (English)

Referências

1. BORRIE, P. Cutaneous polyarteritis nodosa. Br. J.Dermatol v.87: 87-95, 1972.
3. DIAS PERES, J. L. & WINKELMANN, R. K. Cutaneous panarterites nodosa. Arch. DermatoL v. 110: 407-414, 1974.
4. HARBOE, M. Overview of host-parasite reactions. In: Hast ings, R. C. , ed. Leprosy. London: Chur chi l l Livingstone, 1994, p.164.
5. HARTER (p. et Trinh-Kin-Mong-Don). Formes escarrotiques d"Erythema nodosum leprosum et leurs relations avec le phenomene de Lucio. Bull. Soc. Path. exot. v.55, n2.6, p, 993-1024, 1962.
6. HARTER, P. L"Erythema nodosum leprosum de Murata. Revue de la litterature. Étude de 185 cas. Bull. Soc. Path. exotic. v.58, no. 3, p. 335-400, 1965.
7. JOB,C. K. Pathology of leprosy. In: Hasting, R. C., ed. Leprosy. London: Churchill Livingstone, 1994. p.205-206.
8. JOB, C.K., GUDE ,S., MACADEN, M. B. Erythema nodosum leprosum. A clinical-pathologic study. Int. J. Leprosy, v. 32, nº. 2, p. 177-183, 1964.
9. JOPLING, W. H. Leprosy reactions (reactional states). In: ________ Hanbook of leprosy. Heinemann Medical, 1971. p.42. 2. MALABAY, M. C. , HELWIG,E. B.,TOLENTINO, J. G., BINFORD, C. H. The histopathology and histochemistry of erythema nodosum leprosum. Int. J. Leprosy, v. 33, p. 28- 49, 1965.
10. NOGUEIRA, M. S. E., FLEURY, R. N., ARRUDA, M. S. P Eritema nodoso hansênico: análise comparativa do quadro h i s t o p a t o l ó g i c o p e l a s t é c n i c a s d e r o t i n a e imunofluorescência. Hansen. Int., v.20, no.1, p. 5-10, 1995.
11. OPROMOLLA, D.V.A. Hanseniase IN: Meira, D.A. Clínica de doenças tropicais e infecciosas. Rio de Janeiro: Interlivros, 1991. p227-250.
12. PERNAMBUCO, J. A.C.; FLEURY, R. N.; ARONE, S. E.; MELLO, C. R. Poliarterite nodosa cutânea . Revista Bras. Reumat. v. 24, p. 219-222, 1984.
13. PFALTZGRAFF, R. E.& RAMU, G. Clinical leprosy. In: Hastings, R. C., ed. London: Churchill Livingstone, 1994. p.275-278,
14. RIDLEY, D. S. Reactions in leprosy. Leprosy Rev., v. 40, 7781, 1969.
15. RIDLEY, D. S. Skin biopsy in leprosy. Swintzerland: Ciba-Geigy, 1977.
16. RIDLEY, M. J. & RIDLEY, D. S. The immunopathology of erythema nodosum leprosum, the role of extravascular complexes. Leprosy Rev., v. 54, p. 95-107, 1983.
17. RYAN, T.J. Cutaneous vasculitis. In: Rook, Wilkinson, Ebling. Textbook of Dermatology. Oxford: Blackwell Scientific Publications, 1992, 1943-1945.
18. SOUZA CAMPOS. M. & RATH DE SOUZA, P. Reactional states in leprosy. Int. J. Leprosy, v. 22, nó 3, p. 259-272, 1954.
19. WADE, H. W. The nature of erythema nodosum type of reaction lesions in lepromatous leprosy with special referance to effects of repeated reactions . In: Congreso Internacional de Leprologia, 72, Madrid, 1953. Memoria Madrid, 1953, p. 752-759.
20. WATERS, M.F.R., RIDLEY, D.S. Necrotizing reactions in lepromatous leprosy. Int. J. Leprosy, v.31, p. 418-436,1963
21. WEMANBU, S. N. C., JURK, J. L.,WATERS, M. F. R., REES. R. J. W. Erythema nodosum leprosum: clinical manifestation of the phenomenon. Lancet, v. 2, p. 933-935, 1969.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.